Resumo de artrite reumatoide: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo de artrite reumatoide: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Precisa estudar sobre artrite reumatoide e quais aspectos dessa doença podem ser cobrados nas provas de residência médica? Confira o artigo que o Estratégia MED preparou sobre o assunto. 

Dicas do Estratégia para provas

Seu precisar administrar bem seu tempo, sugerimos focar nos seguintes tópicos sobre a artrite reumatoide:

  • Quadro clínico característico da artrite reumatoide
  • Diagnóstico da doença
  • Tratamento da artrite reumatoide

Definição da doença

A artrite reumatoide é uma doença autoimune inflamatória crônica e sistêmica, com causa desconhecida, que atinge preferencialmente as articulações sinoviais, de forma progressiva e impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes.

Epidemiologia e fisiopatologia

A incidência anual é de aproximadamente 30 casos para cada 100.000 indivíduos e pode surgir em qualquer faixa etária, porém o pico de início é entre os 35 e 55 anos. É mais frequente em mulheres do que em homens, na proporção de cerca de 2 a 3 mulheres para 1 homem.

Sua etiopatogenia não é completamente esclarecida, porém já se sabe que existe uma predisposição genética associada a fatores ambientais e mecanismos imunes e inflamatórios para desenvolvimento da doença. 

Atualmente, acredita-se que o primeiro evento seja a ativação de linfócitos Th1 por antígenos desconhecidos, que promove diversos efeitos subsequentes, como a ativação e proliferação de sinoviócitos e células endoteliais, recrutamento e ativação de células inflamatórias, entre outros.

Manifestações clínicas da artrite reumatoide

A manifestação mais conhecida é a artrite, que tem instalação insidiosa e acomete diversas articulações de forma simétrica e progressiva, iniciando nas mais distais e indo para as mais proximais. Se não controlada, pode causar deformidades e limitação articular total. 

Já as manifestações sistêmicas da doença incluem:

  1. Esclerite e episclerite;
  2. Ceratoconjuntivite;
  3. Vasculite cutânea;
  4. Nódulos subcutâneos;
  5. Amiloidose;
  6. Comprometimento pulmonar;
  7. Anemia; e
  8. Fadiga. 

O acometimento pulmonar secundário a artrite reumatoide é uma causa de óbito nesses pacientes, mais frequentes naqueles com fator reumatoide positivo, doença de longa duração, tabagistas e com erosões ósseas na radiografia. 

As manifestações mais comuns dessa afecção são a presença de doença pulmonar parenquimatosa difusa – DPPD -, de nódulos pulmonares, de derrame pleural e de bronquiolite obliterante

As DPPDs mais frequentes na artrite reumatoide são a pneumonite intersticial não específica, a pneumonite intersticial linfocítica e a pneumonia em organização. Geralmente, a evolução é mais lenta que os casos idiopáticos.

Em relação à população saudável, os pacientes com artrite reumatoide têm risco aumentado de desenvolverem infecções, doenças cardiovasculares, osteoporose e linfoma

Diagnóstico da artrite reumatoide

Não existe um sinal, sintoma ou exame que possa concluir isoladamente o diagnóstico da artrite reumatoide, de modo que é necessário realizar a comparação das manifestações clínicas e do exame físico, associado aos exames complementares para conclusão diagnóstica. 

A poliartrite periférica simétrica, especialmente em mãos, rigidez matinal prolongada, presença de nódulos reumatoides nas faces extensoras dos membros, fator reumatoide positivo em altos títulos e achados radiológicos de erosões ósseas ou osteopenia em mão e punhos, em conjunto, corroboram para a maior probabilidade do diagnóstico de artrite reumatoide. 

Tratamento da artrite reumatoide

A terapia farmacológica inicial para a artrite reumatoide inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, que agem no controle da dor, e de drogas modificadoras da doença. Alguns pacientes podem ser elegíveis ao uso de corticoterapia sistêmica e terapia biológica.

A droga modificadora de doença de primeira escolha é o metotrexato, no entanto deve ser evitada em mulheres gestantes ou que desejam engravidar e em hepatopatas.

Na hipótese de falha terapêutica ou contraindicação do uso do metotrexato, as outras opções disponíveis são a leflunomida, a azatioprina, a hidroxicloroquina, a sulfassalazina ou a ciclosporina.

Já quanto à terapia biológica, a principal alternativa farmacológica é um anticorpo monoclonal anti-TNFα, denominado infliximabe. Seu uso é preconizado para pacientes com doença moderada a grave com resposta insuficiente ao metotrexato. 

Seleção de artigos EMED:

Referências bibliográficas:

  • Tratado brasileiro de reumatologia / editores Hamid Alexandre Cecin, Antônio Carlos Ximenes –  São Paulo : Editora Atheneu, 2015.
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