ResuMED de Ciclo menstrual: fases, fisiologia, conceitos e muito mais!

ResuMED de Ciclo menstrual: fases, fisiologia, conceitos e muito mais!

Fala, futuro residente! Procurando entender mais sobre o ciclo menstrual para as provas de Residência Médica? Aqui no resumo exclusivo do Estratégia MED você entende mais sobre a endocrinologia reprodutiva, o ciclo menstrual, sua fisiologia e suas fases. Não deixe de conferir! Bons estudos. 

Endocrinologia Reprodutiva

Para que você entenda o ciclo menstrual, é importante entender um pouco sobre como seu sistema operante funciona – o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano

Toda a secreção hormonal se inicia no hipotálamo e sua produção de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas). Esse hormônio, quando a mulher ainda não entrou na puberdade, é inibido devido ao bloqueio do eixo HHO, mas passa a ser liberado de forma pulsátil assim que a puberdade chega. 

Questão de prova: em cada fase do ciclo menstrual a frequência e amplitude da liberação pulsátil de GnRH é diferente. Consulte o material completo do Estratégia MED para ter acesso a um esquema exclusivo com o tema. 

A secreção de GnRH pelo hipotálamo estimula as gonadotrofinas, FSH e LH, a serem produzidas pela adenohipófise (ou hipófise anterior). Tanto o LH quanto o FSH, no ovário (gônada feminina), se ligam aos seus receptores e estimulam a foliculogênese e produção ovariana de hormônios esteróides (estrogênio e progesterona).

Esteroidogênese

A matéria-prima para os hormônios esteroidais é o cortisol, produzidos nas gônadas, suprarrenais, fígado, tecido adiposo e placenta. 

Os estógenos são produzidos no ovário e podem ser de 3 tipos: estriol (prodemonante na infância), estradiol (mais potente e comum na menacme) e estrona (predominante na pós-menopausa). Suas principais funções são as de maturação do epitélio vaginal, aumento de produção e filância do muco cervical, proliferação endometrial e desenvolvimento mamário. 

Já a progesterona, também produzida nos ovários, tem como função a transformação do endométrio em secretor, desenvolvimento do sistema lobular mamário, inibição do peristaltismo tubário e espessamento do muco cervical. 

Os hormônios andrógenos são produzidos tanto nos ovários, quanto no córtex das suprarrenais, sendo eles a androstenediona e dehidroepiandrosterona (DHEA).

Foliculogênese

A produção máxima de folículos ocorre entre a 16° e 20° semanas de gestação, em que há a produção ovariana de 6 a 8 milhões de folículos, sem produção de óvulos, apenas com perda. Assim, o feto feminino nasce com cerca de 1 a 2 milhões de óvulos. 

Os folículos iniciais são chamados de folículos primordiais, que possuem uma camada de células em volta chamadas de células da granulosa, formados até o 6° mês de vida, com a divisão celular pausada na fase diplóteno da prófase I da meiose, até que haja a primeira ovulação da mulher. 

Nesse período, ocorre uma atresia folicular, fazendo com que na puberdade a mulher tenha apenas 400 mil folículos primordiais para serem maturados ao longo de toda sua vida fértil. 

Fisiologia do ciclo menstrual

Agora que você entende um pouco mais da endocrinologia feminina, fica mais fácil de compreender o ciclo menstrual, sua fisiologia e suas fases. É importante lembrar que o ciclo menstrual é dividido em ciclo ovariano e ciclo endometrial, em que cada um possui duas fases. Entenda-as a seguir: 

Lembre-se: o ciclo menstrual se inicia no primeiro dia da menstruação!

Mecanismos de feedback

O mecanismo de feedback no ciclo menstrual pode ser tanto positivo quanto negativo e ambos são de extrema importância para seu funcionamento adequado.

O feedback negativo faz com que o aumento de um hormônio iniba a liberação de outro, de modo que o feedback positivo faz o oposto, estimulando a liberação de um hormônio a partir de outro. 

Ciclo ovariano

É dividido em fase folicular e fase lútea.

Fase folicular

A fase folicular vai do primeiro dia de menstruação até o dia de pico do LH. Nela ocorre a maturação dos folículos, para que seja possível liberar um folículo dominante na ovulação. 

De maneira geral, com o fim do ciclo anterior ocorre uma queda dos níveis de estradiol, progesterona e inibina A, fazendo com que aumente os níveis FSH por feedback positivo, estimulando o crescimento e desenvolvimento folicular, que passam a produzir estradiol e inibina B. 

Os folículos então passam para a fase pré-antral, produzindo os hormônios esteroides. Isso ocorre, pois suas camadas externas de células da teca, captam o colesterol, e, estimuladas pelo LH, produzem os andrógenos, os quais agem nas células da granulosa. Estes, por estímulo do FSH, são convertidos nos estrogênios pela enzima aromatase. 

Agora o folículo é antral, e sua produção de estradiol e inibina B inibem o FSH por feedback negativo. Um folículo se destaca, chamado de folículo dominante e os outros sofrem atresia. O folículo dominante torna-se o folículo de Graaf, ou folículo pré-ovulatório, terminando a fase folicular.

Após isso, ocorre um pico de LH por feedback positivo das gonadotrofinas, que leva ao que chamamos de ovulação, geralmente no meio do ciclo.

Fase lútea

A fase lútea ocorre após a ovulação com a formação do corpo lúteo, responsável pela produção de estrogênio, progesterona e inibina A, os quais inibem as gonadotrofinas. Logo, não há novo recrutamento folicular. 

O corpo lúteo depende de LH, porém está sendo inibido. Se não for fecundado, se degenera de 12 a 16 dias, se tornando corpo albicans. Assim, os hormônios diminuem, levando a descamação do endométrio, a menstruação, e o início de um novo ciclo. 

No material completo do Estratégia MED você encontra gráficos exclusivos para entender melhor cada fase do ciclo, não deixe de conferir acessando a plataforma!

Ciclo endometrial

Como dito anteriormente, o ciclo menstrual pode ser dividido em ovariano e endometrial. O ciclo endometrial pode ser dividido em fase proliferativa e fase secretora e seu hormônio predominante é o estrogênio, causador das alterações endometriais de cada fase. 

Fase proliferativa

Nesta fase, por ser a primeira do ciclo, o hormônio em alta é o estrogênio, que faz com que haja a proliferação e aumento da espessura endometrial e o aumento de glândulas do seu estroma. 

Fase secretora

Caso não haja gestação, os níveis de estrógeno caem e os de progesterona aumentam, o que prepara o endométrio para uma possível gestação, aumentando a secreção de glicogênio e glicoproteínas. 

Outros órgãos também sofrem ação dos hormônios do ciclo menstrual, como a gavina, mamas e o próprio colo uterino. Confira o material exclusivo do Estratégia MED para saber mais!

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