Quer descobrir tudo sobre o glaucoma? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe este texto e descubra!
Navegue pelo conteúdo
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma neuropatia óptica, que causa alterações características na estrutura do nervo óptico e nas fibras nervosas da retina, podendo levar à perda do campo de visão. Tal perda se dá devido à morte das células ganglionares da retina.
Essa doença é a principal causa de cegueira irreversível, pois seu diagnóstico normalmente é tardio, visto que, na maioria dos casos, é assintomática. O fator de risco mais relevante para a lesão glaucomatosa é a pressão intraocular elevada, que, no entanto, não está sempre presente.
Glaucoma de ângulo aberto
O glaucoma primário de ângulo aberto é a forma mais prevalente de glaucoma e geralmente é bilateral e ocorre na idade adulta. Caracteriza-se por:
- Pressão intraocular acima de 21mmHg;
- Lesão glaucomatosa do nervo óptico;
- Ângulo da câmara anterior aberto;
- Perda do campo visual à medida que a doença progride; e
- Ausência de sinais de glaucoma secundário ou causa não glaucomatosa para a neuropatia óptica.
Glaucoma de ângulo fechado
O glaucoma primário de ângulo fechado ocorre por aposição da íris contra a malha trabecular em ângulos estreitos, o que leva à redução ou completa obstrução à drenagem do humor aquoso. Dessa maneira, ocorre o aumento de pressão intraocular, que pode ocorrer de maneira aguda ou crônica. Apesar de mais raro que o glaucoma primário de ângulo aberto, tem uma maior taxa de cegueira. Alguns fatores de risco importantes para sua ocorrência são:
- Sexo feminino;
- Idade acima de 50 anos;
- Ascendência oriental;
- História familiar pregressa;
- Hipermetropia;
- Menor comprimento axial do olho; e
- Cristalino volumoso.
O glaucoma de ângulo fechado agudo leva a um quadro súbito de dor ocular intensa, olho vermelho e perda de visão, que ocorrem em consequência da elevação rápida da pressão intraocular. Podem ocorrer cefaleia, náuseas e vômitos associados ao quadro.
Trata-se de uma urgência oftalmológica, pois a demora na correção pode levar à aderência da íris periférica à malha trabecular de forma permanente, o que causa a obstrução irreversível da drenagem do humor aquoso. Além disso, a pressão intraocular pode aumentar de forma descontrolada, resultando em danos no nervo óptico rapidamente, comprometendo a visão para o resto da vida.
Já o glaucoma de ângulo fechado crônico ocorre pela formação de aderências entre a íris periférica e as estruturas adjacentes, que levam ao aumento crônico da pressão intraocular por obstrução do escoamento do humor aquoso. Tal condição leva à visualização de halos coloridos ao redor de focos luminosos e discreto edema corneano secundário a elevação da pressão intraocular.
Glaucoma: sinais e sintomas
O glaucoma primário de ângulo aberto tende a ser assintomático até o momento em que já há lesão irreversível do nervo óptico, motivo pelo qual deve ser rastreado de forma ativa pelo oftalmologista. Por outro lado, o glaucoma primário de ângulo fechado causa mais sintomas, como dor intensa e alterações visuais súbitas.
Diagnóstico
Um exame importante para diagnóstico do glaucoma é a tonometria, que é capaz de avaliar a pressão intraocular. Valores acima de 21mmHg são considerados como hipertensão ocular. Porém, essa alteração isolada não faz o diagnóstico de forma conclusiva. É necessário realizar a fundoscopia, cujo objetivo é analisar o disco óptico. A presença de escavação no disco e outros sinais glaucomatosos são importantes para diagnosticar a doença e acompanhar sua evolução.
Por fim, a função visual deve ser avaliada de forma periódica com a realização de um exame chamado perimetria computadorizada, que busca alterações do campo visual. O glaucoma causa defeitos de visão localizados, como escotomas paracentrais, escotomas arqueados e defeitos em degrau nasal.
Tratamento
Os medicamentos para tratamento do glaucoma buscam reduzir a pressão intraocular. São administrados em forma de colírio e podem pertencer ao grupo de betabloqueadores, de análogos de prostaglandina e prostamida, de agonistas adrenérgicos ou de agentes colinérgicos. Existe um medicamento para uso por via oral, a acetazolamida, cuja classe é a de inibidores da anidrase carbônica.
Gostou do conteúdo que o Estratégia MED trouxe para você? Então não deixe de aproveitar as outras opções para estudo que preparamos para você! Se você vai se preparar para as principais e mais concorridas provas de Residência Médica do Brasil, então o Curso Extensivo do Estratégia MED é o seu principal aliado.
Na plataforma do Estratégia MED, há videoaulas elaboradas especialmente para a preparação para a prova de Residência Médica, material completo e constantemente atualizado, banco com milhares de questões resolvidas, possibilidade de montar simulados e de estudar onde e quando quiser. Se interessou? Clique no banner abaixo e saiba mais.