ResuMED de segurança em pediatria: epidemiologia, segurança em casa, veicular e andadores

ResuMED de segurança em pediatria: epidemiologia, segurança em casa, veicular e andadores

Como vai, futuro Residente? O tema segurança em pediatria, engloba crianças e adolescentes, e apesar de não ser um dos principais tópicos cobrados em provas, pode fazer a diferença ao final das contas! Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre o tema para te ajudar a conquistar sua vaga! Para saber mais, continue a leitura sobre segurança em pediatria. Bons estudos!

Introdução a segurança em pediatria

Os acidentes são a principal causa de hospitalização infantil até os 14 anos no Brasil, sendo os de trânsito e domésticos os maiores responsáveis. Há uma grande diferença de idade em relação ao tipo dos acidentes, mas em relação aos óbitos, temos em 2017 e em 2018 os seguintes dados, segundo dados do Ministério da Saúde:

  • Sufocação foi a principal causa de morte em menores de um ano;
  • Afogamento, em crianças de 1 a 4 anos; e
  • Acidentes de trânsito, em maiores de 5 anos. 

Em relação às internações, as quedas predominam em qualquer faixa etária. 

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Segurança no trânsito e veicular

Como pedestres, crianças são extremamente vulneráveis a atropelamentos. Por isso, devem sempre atravessar as ruas com supervisão até os 10 anos de idade, e crianças menores devem ser seguradas pelo punho, não pela mão, para uma segurança maior. 

Pelas leis de trânsito, na Resolução nº277 do Conselho Nacional de Trânsito de 2008, crianças até os 10 anos devem sempre ser transportadas no banco traseiro em um acento de acordo com sua idade, observe:

  • Bebê conforto: do nascimento até 1 ano, ou até 13 quilos, no banco de trás, virado para trás, de costas para o painel do carro e com o cinto próprio do dispositivo.
  • Cadeirinha infantil: de 1 a 4 anos, aproximadamente 9 a 18 quilos, no banco de trás, virada para frente, de frente ao painel do carro com o cinto próprio do dispositivo.
  • Assento de elevação/booster: de 4 a 10 anos, até atingir 1,45m, no banco de trás, virado para frente, com cinto de três pontos do carro.
  • Cinto de segurança de 3 pontos: acima de 1,45 acima, sem assento infantil, apenas o cinto de três pontos no banco de trás.

Antigamente, crianças eram permitidas de serem transportadas em motocicletas a partir dos 7 anos, mas a partir de abril de 2021 a idade mínima passou a ser de 10 anos. 

Pela Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças de até 13 anos NUNCA podem estar no banco da frente, devem sempre estar no banco traseiro. Além disso, a Sociedade recomenda:

  • Bebê conforto: no mínimo até 2 anos de vida, colocada no banco do meio do carro.
  • Cadeirinha infantil: dos 2 anos até o limite do peso máximo ou altura permitida pelo fabricante.
  • Assento de elevação/booster: deve ser iniciado após o limite máximo de peso de cadeirinha infantil, geralmente dos 3 aos 7 anos, e estende-se até a criança atingir 1,45m de altura, entre os 9 e 13 anos. 
  • Cinto de segurança de 3 pontos: deve ser respeitada uma altura mínima de 1,45m e peso de 36 kg, geralmente aos 11 anos.

Segurança em casa

Mesmo com o trânsito sendo responsável pelo maior número de hospitalizações e óbitos, a maior parte dos acidentes ocorre dentro de casa, geralmente na cozinha, seguida de banheiros, escadas, quarto, sala, lavanderia e quintal. Além da supervisão, a melhor forma de prevenção é com a modificação do ambiente e eliminação dos riscos:

Cozinha

  • Não deixar a criança ter acesso à cozinha;
  • Usar as bocas de trás do fogão;
  • Virar os cabos das panelas para dentro do fogão; e
  • Manter materiais inflamáveis e cortantes fora do alcance.

Banheiro:

  • Não deixar a criança ter acesso ao banheiro desacompanhada;
  • Manter a tampa da privada fechada;
  • Não deixar a criança tomar banho sem supervisão;
  • Verificar a temperatura da água antes de colocar a criança no banho, para evitar queimaduras; e
  • Deixar remédios fora do alcance, de preferência em lugares altos ou trancados.

Sala:

  • Não usar toalhas na mesa de jantar que possam ser puxadas;
  • Colocar antiderrapantes nos tapetes;
  • Proteger as tomadas;
  • Colocar protetores nas quinas dos móveis;
  • Manter móveis longes de janelas e cortinas, para não serem escalados;
  • Colocar portão de segurança no acesso às escadas e instalar corrimão nelas; e
  • Instalar telas nas janelas de todos os cômodos da casa.

Quarto:

  • Colocar grade de proteção na cama das crianças;
  • O berço deve ter grades de, no máximo, 5 cm e deve estar livre de protetores de berço, brinquedos e bichos de pelúcia; e
  • Os brinquedos devem ser certificados pelo Inmetro.

Lavanderia, área de serviço e/ou quintal:

  • Não deixar baldes, bacias ou tanques cheios de água;
  • Produtos de limpeza devem ser guardados em lugares altos ou trancados e mantidos em recipientes originais, para que a criança não os confunda com sucos ou refrigerantes; e
  • Verifique se as plantas não são venenosas.

Garagem:

  • Não permitir o acesso de crianças à garagem; e
  • Ao manobrar, verificar sempre se não há crianças por perto.

Piscina:

  • Deve ser protegida com cercas e portões; e
  • Sempre supervisionar as crianças que estiverem na piscina.

Segurança em andadores

Imagine um bebê sobre rodas, sem noção alguma de perigo, rodando livremente pela casa e podendo sofrer quedas graves, principalmente em escadas, ou em piscinas, chocar-se em quinas, fogões ou quinas.

Pensando nisso, desde 2013, a Sociedade Brasileira de Pediatria tenta banir o uso de andadores, pois além de atrasarem o desenvolvimento das crianças, são causadores de acidentes, com risco de traumatismos cranianos, queimaduras, afogamentos, lesões e até mesmo óbito. 

Além disso, como dito anteriormente, atrasa o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, fazendo com que ela ande na ponta dos pés e dependente de um objeto, demorando ainda mais para andar ou engatinhar. 

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