Sinusite: causas, diagnóstico, tratamento e muito mais!

Sinusite: causas, diagnóstico, tratamento e muito mais!

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O que é sinusite?

A sinusite ou rinossinusite é a inflamação sintomática da mucosa nasal e dos seios da face. Pode ser classificada em sinusite aguda ou crônica, baseado no tempo de duração dos sintomas, de maneira que a primeira é aquela que dura menos de 12 semanas e a segunda, a que ultrapassa esse período.

Além disso, a rinossinusite aguda pode ser recorrente, isto é, com quatro ou mais manifestações em um ano, e a crônica, com exacerbação aguda, pois, episodicamente, há piora clínica da condição

Causas

A principal causa é o desequilíbrio entre a produção de muco nos seios da face e seu clareamento, o que causa acúmulo desta secreção nas cavidades paranasais. Tal desbalanço pode ter diversas etiologias, como infecções virais e bacterianas – as principais bactérias são Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis -, pois estas causam a destruição do epitélio da mucosa nasal, edema, o aumento da produção de muco e a liberação de mediadores inflamatórios.

A ocorrência de rinossinusite crônica é favorecida por alguns fatores precipitantes como a ocupação da pessoa, por exemplo, na hipótese de haver exposição à poeira, gases tóxicos – entre outros irritantes da mucosa -, tabagismo, variações anatômicas, bronquiectasia, alergias, asma, intolerância à aspirina, síndrome de Kartagener e fibrose cística. 

Sintomas da sinusite

O quadro clínico da sinusite é bastante característico da doença, pois, normalmente, há obstrução ou congestão nasal, descarga nasal anterior ou posterior, pressão/dor facial, redução ou perda de olfato. Podem também estar presentes pólipos na cavidade nasal e rinorreia mucopurulenta. Tais sintomas estão presentes tanto na forma aguda, quanto na crônica, de maneira que a única diferença é sua duração em cada subtipo da doença. 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito principalmente pela anamnese e pelo exame físico, pois, na maioria das vezes, outros métodos são dispensáveis. Entretanto, alguns exames que podem auxiliar o médico é a rinoscopia anterior, que possibilita a observação de hiperemia e edema na mucosa das conchas nasais, presença de secreção purulenta na cavidade nasal, na orofaringe ou crescimento de pólipos. Em casos mais complexos, nos quais se suspeite de uma alteração anatômica, por exemplo, é possível realizar tomografia computadorizada dos seios paranasais para avaliação. 

É necessário pensar em rinossinusite de origem bacteriana quando há um elemento dos seguintes:

  1. Sintomas persistentes ou sinais compatíveis com rinossinusite aguda com duração igual ou maior a 10 dias sem melhora clínica; ou
  2. Sintomas graves ou febre acima de 39ºC associados a secreção nasal purulenta ou dor facial com duração de 3 a 4 dias do início da doença; ou
  3. Recaída de sintomas ou sinais com novo surgimento de febre, dor de cabeça ou aumento de secreção nasal após infecção viral respiratória superior com duração de 5 a 6 dias e que já havia melhorado inicialmente.

Associado a pelo menos três dos seguintes critérios:

  1. Qualquer tipo de secreção com predominância unilateral ou francamente purulenta;
  2. Dor intensa localizada ou unilateral;
  3. Febre acima de 38ºC; e
  4. Elevação de VHS ou PCR.

Tratamento da sinusite

O principal tratamento da sinusite é a realização da lavagem da cavidade nasal de maneira regular com solução salina isotônica. O uso de descongestionantes é altamente desaconselhado

Para sinusites com etiologia bacteriana, o uso de antibióticos é reservado para manifestações mais graves da doença. Os principais medicamentos usados na prática clínica são amoxicilina, amoxicilina/clavulanato, axetil-cefuroxima ou ceftriaxona, sulfametoxazol/trimetoprim, azitromicina ou claritromicina, levofloxacino, doxiciclina e clindamicina. 

Outra medicação importante para o alívio dos sintomas, por reduzir a inflamação local, são os corticosteroides tópicos. Por fim, é possível que a melhora da sinusite só ocorra com a realização de cirurgia, com o objetivo de corrigir anormalidades anatômicas.

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Referências:

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