Resumo de doença inflamatória intestinal: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo de doença inflamatória intestinal: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

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Dicas do Estratégia MED para provas

Caso queira focar nos principais pontos acerca da doença inflamatória intestinal, sugerimos os seguintes tópicos

  • Diferentes tipos de doença inflamatória intestinal
  • Como diagnosticar e tratar 

Definição

Doença inflamatória intestinal é uma expressão que abrange duas condições distintas – a doença de Crohn e a retocolite ulcerativaque levam à inflamação crônica do intestino. 

Epidemiologia e fisiopatologia da doença inflamatória intestinal

A doença inflamatória intestinal acomete pessoas de todas as faixas etárias, mas a maioria dos casos ocorre antes dos 30 anos de idade e é mais comum na população do norte da Europa e anglo-saxã. 

Familiares de primeiro grau de pacientes com doença inflamatória intestinal têm risco de 4 a 20 vezes maior que o restante da população de desenvolver essa condição. 

O tabagismo aumenta o risco de desenvolvimento e exacerbação da doença de Crohn, porém diminui o risco de retocolite ulcerativa. O uso de AINEs também pode exacerbar a doença inflamatória intestinal. 

A fisiopatologia da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa são bastante diferentes entre si e serão tratadas separadamente em nosso artigo. 

A doença de Crohn pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal, entretanto normalmente afeta mais o íleo terminal e o cólon. Ela se inicia com a inflamação das criptas e formação de abscessos, que acabam por ulcerar. 

O acometimento da mucosa intestinal é transmural, causando linfedema e espessamento da parede intestinal e do mesentério. Pode haver fistulização do intestino para estruturas adjacentes, como outras alças intestinais e bexiga. 

Já na retocolite ulcerativa, a doença se inicia no reto e pode se estender para o cólon. Em poucos casos o acometimento é transmural e em sua maioria acomete apenas mucosa e submucosa

No início da evolução, a mucosa é eritematosa, com grânulos finos e friável, perdendo a vascularização normal e com presença de áreas hemorrágicas. Nos casos graves, há úlceras grandes com exsudato purulento. Não há fístulas ou abscessos.

Outra diferença importante entre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa é que a primeira alterna regiões saudáveis com áreas lesadas, já na segunda não há tecido saudável entre áreas doentes.

Manifestações clínicas da doença inflamatória intestinal

Os sintomas em comum: diarreia, febre, anorexia, dores abdominais e perda ponderal. Entretanto, devido à fisiopatologia diversa, cada uma das doenças apresenta características próprias.

A doença de Crohn leva a mais manifestações extraintestinais como artrite do que a retocolite ulcerativa, porém, esta também apresenta essa condição associada ao quadro clínico.

A diarreia na retocolite ulcerativa vem acompanhada de sangue ou muco. Em casos graves, pode haver colite fulminante, que além de diarreia súbita e volumosa, há febre elevada, dor abdominal, toxemia e sinais de peritonite.

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Diagnóstico

Além da anamnese e exame físico compatíveis, o principal exame capaz de diagnosticar e avaliar a gravidade da doença inflamatória intestinal é a colonoscopia com biópsia das lesões

Para afastar causas infecciosas para os sintomas, é possível pedir pesquisa das toxinas de Clostridium difficile, Campylobacter sp. e Escherichia coli, bactérias que podem levar à colite.

Tratamento 

Não existem tratamentos curativos para a doença, entretanto alguns fármacos auxiliam no manejo dessas doenças. Os tratamentos disponíveis são similares tanto para Crohn, quanto para retocolite ulcerativa. 

A primeira linha de tratamento é o 5-Ácido aminossalicílico, sendo que a primeira substância dessa classe é a sulfassalazina. Nos episódios de exacerbação, pode ser administrado corticoides, entretanto, não deve ser mantido por tempo prolongado.

Atualmente, existem imunomoduladores e agentes biológicos para o tratamento da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa, como azatioprina, metotrexato e medicamentos anti-TNF.

Em casos mais graves, como quando há perfuração intestinal, é possível que haja a necessidade de cirurgia, com ressecção do segmento acometido pela doença inflamatória intestinal. 

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Referências bibliográficas:

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