A saúde da mulher é uma pauta que está cada vez mais em alta na sociedade. Pensando nisso, o Estratégia MED separou para você os principais tópicos sobre esse tema. Fique nesta página para saber mais!
Navegue pelo conteúdo
Qual a importância de falar sobre a saúde da mulher?
No Brasil, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), de 2019, as mulheres correspondem a 51,8% de toda a população do país. Contudo, os debates sobre a saúde da mulher só tomaram força de 30 anos para cá, visto que, décadas atrás, a saúde feminina estava relacionada, exclusivamente, à gravidez.
Em 2004, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi publicada e seu objetivo é garantir os direitos humanos das mulheres, evitando a morbimortalidade e melhorando certas questões, como:
- Atenção às portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico;
- Atenção obstétrica;
- Avanços dos direitos sexuais e reprodutivos;
- Combate à violência doméstica e sexual;
- Planejamento familiar; e
- Prevenção e tratamento de mulheres vivendo com HIV/aids.
Mesmo que as mulheres cuidem mais de sua saúde, como aponta a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 e, consequentemente, tenham uma expectativa de vida – de 79,9 anos – maior do que a dos homens, ainda há uma grande parte da população feminina que não tem conhecimento sobre a importância desse tópico. Por isso, todos os anos são realizadas campanhas de conscientização quanto ao cuidado do próprio bem-estar.
Doenças que mais afetam as mulheres
A saúde da mulher vai além do cuidado físico. Fatores como saúde mental, saúde emocional e o planejamento do dia a dia são essenciais para o bem-estar feminino. Também é válido lembrar que a saúde da mulher não está limitada à gestação, parto e pós-parto.
Algumas doenças que afetam muito o gênero feminino são:
Câncer de Mama
Esse é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Em 2020, foram relatados pela OMS, aproximadamente, 2,3 milhões novos casos no mundo todo. No mesmo ano, 684.996 mulheres vieram a falecer em decorrência dessa patologia.
No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais incidente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram registrados 66.280 casos, em 2020, representando uma taxa de incidência de 43,74 casos a cada 100.000 mulheres.
Confira abaixo a taxa de mortalidade por câncer de mama em cada região do país, em 2019:
- Sudeste – 16,9%;
- Centro-Oeste – 16,5%;
- Nordeste – 15,6%;
- Sul – 15,4%; e
- Norte – 13,2%.
Depressão
A OMS divulgou, em 2019, que 322 milhões de pessoas no mundo sofriam com depressão, sendo que dentre essas pessoas, dois terços eram mulheres. Por meio de um estudo feito nos Estados Unidos, no qual 115 pessoas foram analisadas – 69 mulheres e 46 homens -, foi relatado que as mulheres são mais propensas à depressão do que os homens. Isso acontece, principalmente, por conta da alteração hormonal, além de outros fatores, como:
- Efeitos adversos de medicamentos;
- Estresse;
- Hereditariedade genética;
- Pós-parto; e
- Presença de algumas doenças.
Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema neurológico. Nessa patologia, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina – responsável por recobrir os neurônios -, comprometendo o sistema nervoso.
A esclerose múltipla afeta 2 milhões de pessoas em todo o mundo, e é mais comum em jovens e, sobretudo, mulheres.
Outras doenças que acometem mais as mulheres são: infecção urinária, fibromialgia, endometriose, câncer no colo do útero, obesidade e infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Dia internacional de luta pela saúde da mulher
No dia 28 de maio, é comemorado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, em 1984, na Holanda, além do Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. As datas foram estabelecidas para que fosse dada a devida atenção, quanto a saúde da mulher.
Desde então, nesse dia, são criadas campanhas de conscientização com temas essenciais para a saúde da mulher, como os exames preventivos. Na mesma data, também são abordados os tópicos que abrangem a mortalidade materna, uma vez que o Brasil está entre os 10 países latino-americanos que conquistaram avanços na redução da mortalidade materna, entre 1990 e 2017.
As campanhas alertam para doenças que afetam a saúde da mulher na gestação, como hipertensão, hemorragia, infecções puerperais, além de doenças do aparelho circulatório agravadas pela gravidez, parto e puerpério.
No Brasil, alguns programas foram criados para auxiliar essas mulheres durante a gestação, um deles é a Rede Cegonha, que visa proporcionar saúde, qualidade de vida e bem-estar das grávidas no período de gestação, parto e pós-parto. O programa também dá assistência ao desenvolvimento da criança até os dois anos de idade e garante os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
E aí? Gostou do conteúdo que o Blog do Estratégia MED trouxe? Então fique ligado na nossa plataforma, porque estamos sempre trazendo novidades, além das principais informações do mundo da saúde!
Veja também:
- Ginecologia e Obstetrícia
- Resumo de Indução do Trabalho de Parto
- Resumo de Anatomia e embriologia do sistema reprodutor feminino
- Resumo de dor pélvica crônica e Dismenorreia: fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e mais
- Candidíase: o que é, tipos e muito mais
- Resumo sobre Clamídia: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais
- Gonorreia: sintomas, tratamentos e muito mais
- Mastologia: rotina, salário residência médica e mais
