Olá, meu Doutor e minha Doutora! Nosso corpo contém células cruciais para a defesa e homeostase do corpo. Entre essas células, os macrófagos ocupam um lugar de destaque, tendo como função principal a fagocitose.
Vem com o Estratégia MED entender de forma mais aprofundada o processo de fagocitose e homeostase realizada pelos macrófagos!
“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”
Martin Luther King
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O que são os Macrófagos
Para entendermos os macrófagos, devemos conhecer primeiro os monócitos. Os monócitos são um tipo de leucócito mononuclear, formados em resposta a um processo inflamatório na medula óssea e liberados na corrente sanguínea e, ao penetrar nos tecidos, se diferenciam em macrófagos.
Os macrófagos são, portanto, produtos finais dos monócitos que penetram nos tecidos vindos do sangue. Os macrófagos se encontram em vários tecidos onde recebem nomenclaturas diferentes de acordo ao tecido em que se encontram (por exemplo, células de Kupffer no fígado, osteoclastos nos ossos e micróglia no cérebro).
Função dos Macrófagos
Os macrófagos desempenham um papel fundamental na defesa do organismo contra infecções e na manutenção da homeostase. Vamos entender passo a passo o processo de atuação dos macrófagos.
Fagocitose e Defesa Antimicrobiana
Uma das funções primordiais dos macrófagos é a fagocitose, um processo pelo qual eles ingerem microrganismos invasores, como bactérias, vírus, fungos e células infectadas.
Quando um microrganismo invade um tecido, ocorre a liberação de quimiotaxias (substâncias químicas que atraem os macrófagos para o tecido inflamado) no tecido. As quimiotaxias podem ser:
- Toxinas bacterianas e virais;
- Produtos degenerativos dos tecidos inflamados propriamente ditos;
- Produtos das reações do “complexo do complemento” ativado nos tecidos inflamados; e
- Produtos das reações causadas pela coagulação sanguínea na área inflamada.
Os macrófagos, então, são recrutados para o local da infecção e realizam o processo de fagocitose, sendo capazes de fagocitar até 100 bactérias. Além de combater diretamente os microrganismos, os macrófagos desempenham um papel na apresentação de antígenos. Antígenos são fragmentos de microrganismos fagocitados apresentados para os linfócitos que os reconhecem e desencadeiam uma resposta imunológica específica.
Produção de Citocinas e Modulação da Resposta Imune
As citocinas são moléculas sinalizadoras que regulam a resposta imunológica e atuam na comunicação entre diferentes células do sistema imunológico. Alguns exemplos de citocinas produzidas pelos macrófagos são a interleucina-1 (IL-1) e o fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-α).
O IL-1 e o TNF-α são citocinas pró-inflamatórias que promovem a inflamação local, atraindo outras células do sistema imunológico para o local da infecção e amplificando a resposta imunológica. Essas citocinas desempenham um papel crítico na defesa do corpo contra infecções.
Além disso, os macrófagos produzem agentes bactericidas que destroem a maioria das bactérias. Esses agentes oxidantes incluem superóxido (O2−), peróxido de hidrogênio (H2O2) e íons hidroxila (OH−).
Limpeza de Detritos Celulares e Reparação de Tecidos
Os macrófagos também estão envolvidos na remoção de células mortas ou danificadas do corpo. Isso ocorre continuamente, pois as células do nosso corpo têm um ciclo de vida limitado e precisam ser substituídas. Quando uma célula morre, ela libera sinais químicos que atraem macrófagos para a área. Os macrófagos então fagocitam e removem essas células mortas para evitar a acumulação de detritos no tecido.
A remoção eficiente de detritos celulares desempenha um papel crítico na regeneração de tecidos. Isso é particularmente importante em processos de cicatrização de feridas, onde a eliminação de detritos é seguida pela proliferação de células saudáveis e a formação de novo tecido.
Desregulação dos Macrófagos e Doenças
A falha no funcionamento eficaz dos macrófagos pode levar a problemas para o organismo, como inflamações crônicas, acúmulo de detritos nos tecidos e atraso na cicatrização de feridas. Por outro lado, uma resposta exagerada dos macrófagos pode contribuir para doenças autoimunes, onde o sistema imunológico ataca erroneamente as próprias células do corpo, como ocorre na artrite reumatoide.
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Referências Bibliográficas
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- H. ROSS, Michael; PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: texto e atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
- GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 13º ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2017.
- Histology Guide. Virtual Microscopy Laboratory. Disponível em: HistologyGuide.