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O que é Adenomiose?
A Adenomiose é caracterizada pela invasão benigna de endométrio no miométrio, que pode se caracterizar por pequenas porções de endométrio na intimidade do miométrio ou um nódulo endometrial circunscrito pela parede miometrial, nessa última hipótese chamado de adenomioma.
Os principais fatores de risco para desenvolvimento da adenomiose são:
- Idade entre 40 a 50 anos;
- Menarca antes dos 10 anos de idade;
- Ciclos menstruais com duração inferior a 24 dias;
- Uso prévio de contraceptivos hormonais e tamoxifeno;
- Índice de massa corporal elevado;
- Multiparidade;
- História de abortamento; e
- Cirurgias uterinas prévias.
A fisiopatologia da doença não é conhecida, entretanto, há algumas teorias que buscam explicar sua ocorrência, sendo duas as principais. A primeira indica que há invasão direta do miométrio pelo endométrio, ao passo que a segunda afirma que há participação de resquícios embrionários de remanescentes mullerianos pluripotentes.
Sintomas da adenomiose
Os principais sinais e sintomas da adenomiose são:
- Sangramento uterino anormal;
- Dismenorreia;
- Dor pélvica crônica;
- Aumento do volume uterino; e
- Infertilidade.
Cerca de um terço dos casos podem ser assintomáticos e um quinto pode se associar a presença de mioma e/ou endometriose.
Diagnóstico
Na presença de sintomas característicos da adenomiose, o médico deve realizar o exame ginecológico para investigar a causa. Nessa patologia, o volume uterino pode se apresentar ligeiramente aumentado e a palpação do fundo uterino pode ser acompanhada de sensibilidade local.
Como exame de imagem complementar ao diagnóstico, deve ser realizada a ultrassonografia transvaginal. Os sinais ultrassonográficos de adenomiose incluem o aumento do volume uterino sem presença de miomas, formato globoso, assimetria de paredes uterinas, heterogeneidade difusa ou local e cistos miometriais.
A ressonância magnética possui acurácia diagnóstica similar ou ligeiramente superior à ultrassonografia, contudo é um exame caro e pouco disponível, de modo que não é a primeira escolha para investigação diagnóstica da adenomiose.
No entanto, a conclusão diagnóstica de adenomiose só pode ser feita com a avaliação histopatológica da lesão.
Tratamento
Já o tratamento clínico objetiva apenas o controle dos sintomas, pois não tem impacto na eliminação da adenomiose e produz apenas o alívio temporário dos sintomas. As principais opções terapêuticas são:
- Anticoncepcionais orais ou progestagênios: melhoram a dismenorreia e controlam o sangramento uterino;
- Análogos do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH): resultam em hipoestrogenismo acentuado, similar à menopausa; e
- Dispositivo intrauterino de levonorgestrel: reduz o fluxo menstrual e atua nos focos adenomióticos por down regulation dos receptores de estrogênio.
No entanto, todos esses tratamentos clínicos levam a impossibilidade temporária de gestação, de maneira que quando a mulher deseja engravidar, as medicações precisam ser suspensas e os sintomas podem retornar.
Em pacientes muito sintomáticas que não desejam engravidar e que apresentam baixo risco cirúrgico, se indica a histerectomia.
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