Doença de Peyronie: causas, sintomas e muito mais!

Doença de Peyronie: causas, sintomas e muito mais!

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O que é Doença de Peyronie?

A doença de Peyronie é um endurecimento do pênis devido à formação de fibroses, que afetam principalmente homens na quinta década de vida e idosos, causando deformidade no órgão genital quando ereto. No Brasil, atinge cerca de 10% da população masculina

Causas da Doença de Peyronie

A doença de Peyronie é causada pela presença de uma placa ou nódulos fibrosos palpáveis e densos que envolvem a túnica albugínea. Em casos mais graves, pode haver calcificação e ossificação dos tecidos, que devem ser comprovados por radiografia. 

A etiologia das placas fibrosas não é clara, entretanto em microscopia os achados são compatíveis com vasculite grave e pode estar relacionada a trauma anterior em relações sexuais, a causas autoimunes, a doenças metabólicas ou fibromatosas

A teoria mais aceita atualmente indica que ocorre uma resposta inflamatória exacerbada a microtraumas sobre a túnica albugínea em indivíduos predispostos a desenvolver essa condição. 

Sintomas da Doença de Peyronie

Os principais sintomas relatados na doença de Peyronie são ereção dolorosa e curvatura do pênis, que pode ser grave a ponto de impedir a penetração. Não há dor quando o pênis está flácido

Uma doença que parece estar associada à doença de Peyronie é a contratura de Dupuytren, o progressivo espessamento e encurtamento da fáscia palmar e digital da mão, que leva a contraturas incapacitantes nos dedos. 

Diagnóstico

O diagnóstico dessa condição é principalmente clínico, com anamnese compatível com a doença e exame físico com a palpação das placas fibrosas no pênis. Pode ser realizada ultrassonografia do pênis para documentar a fibrose, entretanto não é necessário para a conclusão diagnóstica. 

Tratamento

Em parte considerável dos casos, ocorre remissão espontânea após alguns meses. Entretanto, a longa duração da doença, ocorrência de placa fibrosa rígida, curvaturas maiores que 45º graus e associação à contratura de Dupuytren reduzem drasticamente a possibilidade de melhora espontânea da condição. 

Quando a doença de Peyronie persiste, mas é leve e não causa disfunção sexual, o tratamento não é necessário. Entretanto, pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios não esteroides e analgésicos para controle das dores.

Os tratamentos disponíveis têm resultados imprevisíveis. Uma medicação que pode ser prescrita para uso oral é a vitamina E associada ao para-aminobenzoato de potássio, porém o sucesso desses fármacos varia muito. 

Como opção de tratamento cirúrgico para a Doença de Peyronie, existe a substituição do tecido fibrosado por enxerto. Esse método pode ser bem-sucedido ou causar cicatrizes, que causarão novamente o problema ou o agravarão. 

É possível também o tratamento farmacológico com injeções locais de verapamil, corticoides de alta potência ou colagenase de Clostridium histoliticum. O uso de colagenase deve ser seguido de remodelação manual do pênis. 

Outras terapias menos relevantes, são o uso de ultrassom, para melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir a formação de mais fibrose, radioterapia para diminuir a dor, que, entretanto, piora a lesão tecidual, e uso de prótese peniana para auxiliar na penetração.

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