Confira os principais aspectos referentes à erisipela, que aparecem nos atendimentos e como são cobrados nas provas de residência médica!
Navegue pelo conteúdo
Dicas do Estratégia MED para provas
Seu tempo é precioso e sabemos disso. Se for muito escasso neste momento, veja abaixo os principais tópicos referentes à erisipela.
- Quadro clínico;
- Agentes causadores; e
- Saber diferenciar erisipela de celulite.
Definição da doença
A erisipela é uma infecção aguda e disseminada da pele, com comprometimento linfático. Os principais agentes etiológicos dessa doença são o estreptococo beta-hemolítico do grupo A e Staphylococcus aureus, entretanto esse último é tido como uma infecção secundária.
Epidemiologia e fisiopatologia da erisipela
Essa é uma doença comum na prática clínica, ela atinge igualmente homens e mulheres e não há preferência por faixa etária. Contudo,é mais comum em pacientes diabéticos, obesos ou com insuficiência venosa.
A Erisipela ocorre logo após a perda da barreira cutânea, como cortes, escoriações, micoses, entre outros. Isso possibilita a entrada de bactérias que colonizam a superfície cutânea e que infectam a derme.
Manifestações clínicas da erisipela
A incubação da erisipela é de poucos dias. Os principais sintomas são: eritema vivo e edema doloroso, com bordas bem delimitadas que avançam. Em quadros mais graves, podem causar bolhas. Na prática clínica, é mais comum na porção distal dos membros inferiores.
Tem grande capacidade de recorrência, que leva a edema duro, deixando a pele progressivamente verrucosas e com aspecto musgoso, o que ocorre predominantemente em obesos.
Diagnóstico da erisipela
O diagnóstico é eminentemente clínico, mas é possível realizar cultura para isolar o agente infeccioso, especialmente do raspado de assoalho de bolha. É preciso fazer a diferenciação entre erisipela, trombose venosa profunda e tromboflebite.
Seu quadro clínico é muito semelhante ao da celulite, entretanto essa afecção atinge a hipoderme, o que leva a um eritema menos vivo e à presença de bordas mal delimitadas.
Tratamento da erisipela
Na maioria dos casos, não é necessária a internação do paciente para tratamento, exceto quando este apresenta sintomas sistêmicos, como possível sepse. O tratamento pode feito com penicilinas ou cefalosporinas, com ação principalmente contra S aureus e S pyogenes.
Casos mais graves podem ser tratados com antibiótico endovenoso. Devido à via de administração, é necessária a internação dos pacientes.
Medidas gerais importantes para a boa evolução da doença e alívio dos sintomas é o repouso com os membros elevados, compressas frias e, se necessário, realizar o desbridamento da lesão.
Prevenção
Em pacientes com doença recorrente, pode-se indicar o uso de penicilina benzatina 1.200.000 UI intramuscular a cada 3 semanas. Também é necessário combater o intertrigo interpododáctilo – maceração e inflamação da pele entre os dedos devido ao atrito e umidade – e a obesidade, que se associam a essa patologia.
Você também pode se interessar:
Referências bibliográficas:
- Sociedade Brasileira de Dermatologia
- David, AZULAY, R. Dermatologia, 7ª edição. Grupo GEN, 2017. [VitalSource Bookshelf].