Resumo de Síndrome de Asperger: diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo de Síndrome de Asperger: diagnóstico, tratamento e mais!

Como vai, futuro Residente? A Síndrome de Asperger é um transtorno de desenvolvimento que faz parte do transtorno do espectro autista (TEA), e é frequente nas provas de Residência Médica, principalmente em pediatria. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto para garantir sua vaga nos melhores concursos! Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!

Dicas do Estratégia para provas

Seu tempo é precioso e sabemos disso. Se for muito escasso neste momento, veja abaixo os principais tópicos referentes à Síndrome de Asperger.

  • Definição: transtorno de desenvolvimento pertencente ao TEA.
  • Características clínicas: dificuldades no desenvolvimento de habilidades sociais e comunicação n]ao-verbal.
  • Fisiopatologia: não esclarecida.
  • Diagnóstico: clínico, por identificação das características clínicas. 
  • Tratamento: psicoterapia e medicamentos antipsicóticos.

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Definição da Síndrome de Asperger

A Síndrome de Asperger foi descrita em 1944 pelo médico austríaco Hans Asperger. Faz parte do grupo de transtornos Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracterizado por atrasos e dificuldades no desenvolvimento de algumas habilidades sociais, comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses específicos e restritos. Sua diferença em relação ao autismo clássico é por não interferir no atraso global cognitivo ou em termos de linguagem do indivíduo. 

Fisiopatologia da Síndrome de Asperger

Não se sabe ao certo a fisiopatologia do Transtorno do Espectro Autista, mas pesquisas relacionam o comprometimento cognitivo comportamental à alterações anatômicas ou fisiológicas do sistema nervoso central, hereditárias ou não, e fatores ambientais, como  idade dos pais no momento da concepção, cuidados excessivos ou negligentes com a criança, uso de medicamentos durante o período pré-natal, nascimento prematuro e o baixo peso do recém-nascido.

Avanços na genética, neurobiologia e neuroimagem estão sendo ampliados, o que permitirá maior compreensão sobre a fisiopatologia do transtorno. 

Epidemiologia 

Apenas a partir de 2013 a Síndrome de Asperger foi reconhecida e incluída no grupo de Transtornos do Espectro Autista, publicado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM – 5. 

Com isso, seus diagnósticos são recentes, o que torna sua prevalência desconhecida, mas estudos recentes indicam que sua prevalência vem aumentando globalmente, justamente pelo aumento dos critérios diagnósticos, melhores ferramentas e aprimoramento das informações reportadas.

Apesar de não existirem estudos suficientes, sabe-se que há um maior índice de 9 casos em homens para 1 em mulheres, e estima-se que a cada 160 crianças uma possui transtorno do espectro autista.

Características clínicas

Os primeiros sinais e sintomas surgem logo nos primeiros anos de vida, mas de difícil percepção dos pais ou responsáveis, especialmente quando leves. Durante o desenvolvimento da criança torna-se possível a identificação dos seguintes comportamentos:

  • Introspecção e problemas com habilidades sociais ⇒ dificuldade de interagir com outras pessoas, muitas vezes com comportamento estranho em situações sociais.
  • Comportamentos excêntricos ou repetitivos ⇒ torcer as mãos ou dedos, por exemplo.
  • Práticas e rituais incomuns ⇒ pode desenvolver costumes que não podem ser evitados, como uma ordem específica para se vestir.
  • Dificuldades de comunicação não-verbal ⇒ não conseguir fazer contato visual ao falar com alguém, além de dificuldades em usar expressões faciais ou gesticular, compreender a linguagem corporal e figurativa – costumam sempre ser muito literais.
  • Interesses específicos ⇒ interesse intenso e quase que obsessivo em determinadas áreas ou atividades, como esportes, clima, animais, entre outros. 
  • Problemas de coordenação ⇒ podem parecer desajeitados.
  • Habilidades e talentos ⇒ alguns pacientes apresentam talentos especializados em determinada área, como música ou matemática. 

Diagnóstico da Síndrome de Asperger 

Os primeiros sinais e sintomas surgem logo nos primeiros anos de vida, mas de difícil percepção dos pais ou responsáveis. Assim, o diagnóstico da Síndrome de Asperger é feito geralmente durante a fase escolar, por volta dos 5-6 anos de vida, quando torna-se aparente a dificuldade de socialização e o desinteresse por assuntos que não fazem parte de seu interesse específico.

O diagnóstico é predominantemente clínico, a partir da identificação de suas características clínicas específicas: atraso no desenvolvimento de interação social e padrão de interesses restritos, sem comprometimento da linguagem e comunicação.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, existem 3 etapas para avaliação do desenvolvimento cognitivo da criança, que quando alterados, permitem a suspeita diagnóstico do TEA:

  • Monitoramento do desenvolvimento – se o bebê atinge os marcos do desenvolvimento.
  • Triagem do desenvolvimento – recomendadas para crianças entre 9, 18 e 30 meses de idade quando houver dúvidas relacionadas ao desenvolvimento.
  • Avaliação de desenvolvimento abrangente – observação e teste cujos resultados permitem ditar se a criança necessita de tratamento e/ou intervenção precoce.

A equipe diagnóstica inclui as áreas de psiquiatria, psicologia, neurologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. 

Tratamento da Síndrome de Asperger

Não existe um tratamento específico ou cura para a Síndrome de Asperger, bem como para outros Transtornos do Espectro Autista. Assim, seu tratamento tem como objetivo avaliar e trabalhar nos sintomas das dificuldades sociais, incluindo terapias para a baixa comunidade de comunicação, rotinas obsessivas ou repetitivas e imperícia física, com uma equipe multidisciplinar.

Apesar de não haver medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas intrínsecos do transtorno, medicações antipsicóticas para redução e controle dos sintomas obsessivos, da ansiedade e impulsividade, por exemplo, podem ser utilizadas e prescritas por psiquiatra, como haloperidol, clorpromazina, aripiprazol e risperidona. Além disso, estudos recentes avaliam a eficácia de medicamentos à base de canabidiol para auxiliar na redução dos sintomas causados. 

Prognóstico

O curso da doença depende do diagnóstico precoce para início de terapias que desenvolvam as áreas em déficit pelo transtorno, mas dependem também individualmente de cada caso. Alguns pacientes podem ser capazes de frequentar escolas normalmente, enquanto outros requerem serviços de educação especial, não por dificuldade acadêmica, mas sim sociais  e comportamentais.

Por ter reconhecimento recente, não existem estudos que acompanhem os diagnósticos da Síndrome de Asperger a longo prazo. Mas o prejuízo social, principalmente as excentricidades e insensibilidade social, é considerado permanente.

CID-11

Em fevereiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde publicou a 11° revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que inclui todos os transtornos que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista.

Direitos do paciente com Síndrome de Asperger

Segundo a Lei n° 12.764 de dezembro de 2012, Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, reconhece que os autistas possuem os mesmos direitos que todos os outros pacientes com necessidades especiais no Brasil. 

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