Resumo sobre fobia social: diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo sobre fobia social: diagnóstico, tratamento e mais!

A fobia social é um dos mais comuns transtornos de ansiedade e está associado a sofrimento significativo e prejuízos funcionais importantes para os indivíduos com esta condição. Confira os principais aspectos referentes a este transtorno, que aparecem nos atendimentos e como são cobrados nas provas de residência médica!

Dicas do Estratégia para provas

Seu tempo é precioso e sabemos disso. Se for muito escasso neste momento, veja abaixo os principais tópicos referentes à fobia social.

  • O medo excessivo de serem avaliados negativamente quando exposto a essas situações sociais são marcas do transtorno. 
  • É mais comum em adolescentes e adultos jovens, com média de início aos 13 anos. 
  • A TCC é a terapia mais estudada e com melhor beneficio conhecido na FS. 
  • Como tratamento farmacológico, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são os de primeira escolha.

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Definição da doença

A fobia social é um transtorno de ansiedade que se manifesta por sintomas de medo excessivo ou ansiedade acentuados e persistentes de uma ou mais situações sociais de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros, ou seja, situações de desempenho. 

Epidemiologia e fisiopatologia de fobia social

A FS é considerada o transtorno de ansiedade mais comum e figura entre os três principais transtornos psiquiátricos. A estimativa de prevalência ao longo da vida nos Estados Unidos é estimada em 5 a 12%, com prevalência similar em países desenvolvidos e menores em países em desenvolvimento. 

Ocorre mais em pessoas jovens, com média de início aos 13 anos de idade. As taxas de prevalência em um ano em crianças e adolescentes similares ao dos adultos jovens, sendo incomum o inicio após os 30 anos de idade. São mais comuns em mulheres, principalmente em pessoas mais jovens. 

Estudos sugerem contribuição multifatorial, com fatores genéticos contribuindo na patogênese do transtorno, mas os genes específicos não foram identificados. Os fatores ambientais e psicossociais incluem adversidades na primeira infância,  influências dos pais e dos colegas. Como fator de risco foram identificados história familiar de FS e timidez na primeira infância ou temperamento inibido comportamentalmente. 

Manifestações clínicas de  fobia social

As características do transtorno de ansiedade social são medos excessivos de serem avaliados negativamente quando exposto a essas situações sociais. O medo excessivo de humilhação, constrangimento e desaprovação ocorre em situações de desempenho (ex., trabalho, apresentações e provas) ou sociais (ex., relações interpessoais), mas com desconforto desproporcional ao que a situação exige.  

#Ponto importante: A timidez é um traço de personalidade não considerada patológica ou sinônimo de fobia social, por mais que seja fator de risco para o transtorno de FS. 

Eles frequentemente experimentam ansiedade antecipatória, preocupando-se por horas ou dias antes da situação de estresse. Sintomas de esquiva são comuns, como evitar as situações sociais, como trabalhar, conversar com as pessoas, ir para locais muito cheios ou participar de eventos. A perda funcional excessiva e prejuízo à qualidade de vida também podem ocorrer. 

Diagnóstico de fobia social

O diagnóstico deve ser suspenso em pacientes que se queixarem de um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. Para confirmação diagnóstica, os critérios mais recomendados são do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana, 5°ed (DSM-5):    

  1. Medo ou ansiedade marcados sobre uma ou mais situações sociais nas quais o indivíduo é exposto a possível escrutínio por outros. Os exemplos incluem interações sociais (por exemplo, conversar, conhecer pessoas desconhecidas), ser observado (por exemplo, comer ou beber) e atuar na frente de outras pessoas (por exemplo, fazer um discurso).
  2. O indivíduo tem medo de agir ou mostrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (ou seja, será humilhante ou embaraçoso; levará à rejeição ou ofenderá outras pessoas).
  3. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
  4. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
  5. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real representada pela situação social e pelo contexto sociocultural.
  6. O medo, ansiedade ou evitação é persistente, geralmente durando seis meses ou mais.
  7. O medo, a ansiedade ou a evitação causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento.
  8. O medo, a ansiedade ou a evitação não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, uma droga de abuso, um medicamento) ou outra condição médica.
  9. O medo, a ansiedade ou a evitação não são mais bem explicados pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno do pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
  10. Se outra condição médica (por exemplo, doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) estiver presente, o medo, a ansiedade ou a evitação claramente não estão relacionados ou são excessivos.

Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em ambientes de pares e não apenas durante a interação com adultos e o medo ou a ansiedade podem ser expressos por choro, acessos de raiva, paralisação, apego, encolhimento ou falta de fala em situações sociais. 

#Ponto importante: É importante especificar se o paciente possui sintomas apenas em situações de desempenho ou também em situações sociais, como relacionamentos e família. 

Tratamento de fobia social

O tratamento é baseado em psicoterapia e tratamento farmacológico. A terapia cognitiva comportamental (TCC) é uma das terapias mais estudadas, demonstrando benefícios através do treino de habilidades sociais, exposição a situações de estresse, mindfulness e técnicas de relaxamento. A atividade física também é uma ferramenta importante de exposição social e tem impacto no tratamento. 

Como tratamento farmacológico, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são os de primeira escolha, como a fluoxetina e sertralina. Os duais, como venlafaxina e duloxetina, assim como outros antidepressivos podem ser utilizados fármacos opcionais ao tratamento. 

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Veja também:

Referências bibliográficas:

  • Franklin R Schneier, MD. Social anxiety disorder in adults: Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis. Uptodate
  • Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
  • MULLER, Juliana de Lima et al . Transtorno de Ansiedade Social: um estudo de caso. Contextos Clínic,  São Leopoldo ,  v. 8, n. 1, p. 67-78, jun.  2015. Disponível em Link
  • Crédito da imagem em destaque: Pexels
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