Resumo sobre Imobilizações: tipos, materiais e mais!

Resumo sobre Imobilizações: tipos, materiais e mais!

E aí, doc! Vamos explorar mais um tema essencial? Hoje o foco são as Imobilizações, recursos fundamentais na prática médica para estabilizar fraturas, controlar a dor e evitar agravamento de lesões musculoesqueléticas.

O Estratégia MED está aqui para facilitar a compreensão sobre os diferentes tipos de imobilização, suas indicações clínicas e cuidados necessários, contribuindo para uma atuação mais precisa e segura na assistência ao paciente.

Vamos nessa!

Definições de Imobilizações

Imobilizações são intervenções realizadas com o objetivo de limitar ou impedir o movimento de uma parte do corpo, geralmente em situações de trauma musculoesquelético, como entorses, luxações ou fraturas. Elas são fundamentais no atendimento inicial, pois ajudam a estabilizar a área lesionada até que o paciente receba assistência especializada. 

Ao manter a estrutura afetada imóvel, a imobilização contribui para a redução da dor, previne o agravamento da lesão e evita complicações como danos a nervos, vasos sanguíneos, músculos e outros tecidos adjacentes.

A imobilização proporciona maior segurança durante o transporte do paciente, especialmente em ambientes pré-hospitalares. Antes de realizar qualquer tipo de imobilização, é essencial avaliar cuidadosamente o membro acometido, observando a presença de deformidades, dor localizada, sangramento, pulso periférico, perfusão e temperatura da extremidade. 

Colar cervical

O colar cervical é indicado para pacientes com suspeita de trauma na coluna cervical, especialmente em situações como colisões automobilísticas, quedas ou impactos diretos na região do pescoço. Seu principal objetivo é manter a coluna cervical estável, evitando movimentos que possam agravar lesões medulares. Além disso, a imobilização precoce previne complicações como obstrução de vias aéreas, dificuldade na avaliação da cavidade oral e risco aumentado de aspiração.

  • Realizar o ABCDE do trauma;
  • Estabilizar manualmente a coluna cervical com o paciente em ortostase, sentado ou em decúbito dorsal;
  • Medir a região cervical e selecionar o colar adequado;
  • Posicionar a parte anterior do colar sob o queixo e a posterior sem movimentar a coluna;
  • Fixar o colar com segurança;
  • Retirar somente após confirmação da ausência de lesões cervicais;
  • Orientar o paciente sobre os cuidados.
Cervical

Tala áxilopalmar ou braquiopalmar

Indicada para fraturas do terço distal, médio e proximal do antebraço, assim como do terço distal do úmero, essa tala permite a imobilização ampla do membro superior. Seu objetivo é garantir a estabilização da fratura, reduzir a dor, prevenir lesões adicionais em nervos, vasos e tecidos adjacentes, além de proporcionar segurança até o atendimento definitivo.

  • Posicionar o paciente com o cotovelo flexionado a 90°;
  • Avaliar pulso, perfusão, temperatura, lesões, edema e deformidades;
  • Separar o material: algodão ortopédico, atadura de crepom, atadura gessada e esparadrapo ou fita crepe;
  • Medir a tala da articulação metacarpofalangeana até a axila;
  • Montar a tala gessada em bancada próxima a água limpa;
  • Cobrir o membro com algodão ortopédico, dando atenção às proeminências ósseas;
  • Encaixar a tala na face latero-posterior do braço;
  • Cobrir com crepom de distal para proximal, sobrepondo 50%;
  • Fixar com tipoia;
  • Orientar o paciente.
Braquiopalmar

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Tala tipo luva ou goteira antebraquiomanual

Essa imobilização é indicada para fraturas do terço distal do antebraço. Tem como objetivo estabilizar o segmento inferior do antebraço e punho, reduzindo dor e impedindo o agravamento da lesão até que o tratamento definitivo seja realizado.

  • Posicionar o paciente com o membro estendido;
  • Avaliar pulso, perfusão, lesões, temperatura, edema e deformidades;
  • Separar o material: algodão ortopédico, atadura crepom, atadura gessada e fita crepe;
  • Medir a tala da articulação metacarpofalangeana até a prega do cotovelo;
  • Montar a tala gessada em bancada limpa, próxima à água;
  • Cobrir o membro com algodão ortopédico, especialmente nas saliências ósseas;
  • Moldar a tala na face anterior do antebraço e palma da mão;
  • Cobrir com crepom de distal para proximal, sobrepondo 50% da faixa anterior;
  • Fixar com tipoia;
  • Orientar.
Tala tipo luva

Tala tipo luva para escafoide (antebraquiopalmar)

Indicada para fraturas do escafoide ou tendinites do polegar, essa tala tem o objetivo de imobilizar não apenas o punho e o antebraço, mas também o primeiro dedo, contribuindo para o alívio da dor e prevenção de movimentações que possam comprometer a cicatrização.

  • Posicionar o paciente com o membro estendido;
  • Avaliar pulso, perfusão, temperatura, lesões, edema e deformidades;
  • Separar o material: algodão ortopédico, atadura crepom, atadura gessada, fita crepe e, se necessário, curativos;
  • Medir da articulação metacarpofalangeana e polegar até a prega do cotovelo;
  • Montar a tala gessada em bancada próxima à água limpa;
  • Cobrir com algodão ortopédico da mão até o cotovelo e polegar, protegendo saliências ósseas;
  • Moldar a tala na face anterior do antebraço e ao longo do polegar;
  • Cobrir com crepom de distal para proximal, sobrepondo 50%;
  • Fixar com tipoia;
  • Orientar.
Tipo luva para escafóide

Tala metálica ou férula metálica para dedo

A tala metálica é indicada para fraturas ou luxações das falanges. Seu objetivo é manter o dedo acometido imobilizado em posição funcional, evitando movimentações que possam agravar a lesão, além de proporcionar alívio da dor e facilitar a cicatrização óssea ou ligamentar.

  • Posicionar o paciente confortavelmente com o membro estendido;
  • Avaliar pulso, perfusão, temperatura, lesões, edema e deformidades;
  • Separar os materiais: tala metálica (ou férula metálica) com revestimento de esponja e fita crepe ou esparadrapo;
  • Medir a tala ao longo do dedo afetado, mantendo-o em leve extensão;
  • Aplicar a tala sobre o dedo e fixar com fita crepe ou esparadrapo;
  • Orientar quanto ao uso e à manutenção da extensão durante a troca de curativos.
Férula metálica

Tala tipo bota ou goteira suropodálica

Indicada para fraturas do terço médio e distal da perna, além de fraturas dos ossos do tarso, essa tala tem como objetivo estabilizar a perna e o tornozelo, proporcionando imobilização eficaz e confortável até a definição do tratamento definitivo.

  • Posicionar o paciente com o membro inferior estendido e tornozelo a 90°;
  • Avaliar pulso, perfusão, lesões, temperatura, edema e deformidades;
  • Separar os materiais: algodão ortopédico, atadura de crepom, atadura gessada e esparadrapo ou fita crepe;
  • Medir a tala da ponta do hálux até o joelho;
  • Montar a tala gessada em bancada próxima à água limpa;
  • Cobrir a perna com algodão ortopédico, protegendo saliências ósseas;
  • Moldar a tala na face posterior da perna, desde a planta do pé até a fossa poplítea;
  • Cobrir com crepom de distal para proximal, sobrepondo 50%;
  • Orientar o paciente quanto aos cuidados com a tala.
Tala tipo bota

Tala cruropodálica ou inguinopodálica

Essa imobilização é recomendada para fraturas distais do fêmur, da perna (tíbia e fíbula) e da patela. Seu objetivo é oferecer suporte completo da coxa à perna, mantendo a articulação do joelho em leve flexão, com estabilidade até o atendimento ortopédico definitivo.

  • Posicionar o paciente com o joelho fletido entre 10 e 15° e o tornozelo a 90°;
  • Avaliar pulso, perfusão, temperatura, lesões, edema e deformidades;
  • Separar os materiais: algodão ortopédico, atadura de crepom, atadura gessada e esparadrapo;
  • Medir a tala da ponta do hálux até a raiz da coxa;
  • Montar a tala gessada em bancada próxima à água limpa;
  • Cobrir o membro com algodão ortopédico, da planta do pé até a raiz da coxa;
  • Moldar a tala na face posterior da perna, acompanhando a fossa poplítea e coxa;
  • Cobrir com crepom de distal para proximal, sobrepondo 50%;
  • Orientar o paciente quanto aos cuidados.
Cruropodálica

Tala tubo ou goteira inguinomaleolar

Indicada para fraturas ou luxações da patela, essa tala tem como objetivo imobilizar o joelho e manter o alinhamento adequado da articulação, promovendo estabilização eficaz até o tratamento definitivo.

  • Posicionar o paciente com o joelho fletido entre 10 e 15° e o tornozelo a 90°;
  • Avaliar pulso, perfusão, temperatura, lesões, edema e deformidades;
  • Separar os materiais: algodão ortopédico, atadura de crepom, atadura gessada e fita crepe ou esparadrapo;
  • Medir a tala da articulação do tornozelo até a raiz da coxa;
  • Montar a tala gessada em bancada próxima à água limpa;
  • Cobrir o membro com algodão ortopédico, da articulação do tornozelo até a coxa, protegendo proeminências ósseas;
  • Aplicar a tala moldando conforme o contorno posterior da perna e coxa;
  • Cobrir com crepom de distal para proximal, sobrepondo 50%;
  • Orientar o paciente quanto ao uso e à necessidade de reavaliação.
Tala tubo

Veja também!

Referências

SIQUEIRA, Eduardo Martins de; MORAES, Cícero (org.). Manual de ortopedia para generalista. Governador Valadares: Univale Editora, 2022. 320 p. ISBN 978-65-87227-31-3.

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