5 questões sobre Amenorreia que já caíram nas provas

5 questões sobre Amenorreia que já caíram nas provas

Para garantir pontos valiosos no bloco de Ginecologia e Obstetrícia das provas de residência médica e revalidação de diplomas em medicina, é importante conhecer os principais temas abordados quando o assunto é Amenorreia. Aos candidatos, é fundamental compreender as causas da amenorreia, entender como realizar a sua investigação, bem como o possível tratamento. Veja abaixo como são as questões que abordam esse assunto!

Conceito de Amenorreia

Por definição, a amenorreia é a ausência de menstruação, sendo um sintoma muito frequente que pode indicar outras patologias. Pode ser primária ou secundária, sendo classificada de acordo com o compartimento acometido, dependendo da área do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano – responsável pela menstruação – que for comprometido. 

A amenorreia pode ser diagnosticada nos seguintes casos:

  1. Em mulheres que aos 14 anos de idade não tenham tido a menarca e não apresentam outros sinais de desenvolvimento puberal; 
  2. Naquelas que aos 16 anos não tenham tido menarca, mas que tenham outros sinais do desenvolvimento puberal; e
  3. Em mulheres que já tenham menstruado, mas haja ausência de menstruação por um período de três ciclos menstruais (naquelas que menstruam regularmente) ou seis meses.
Se preferir, confira o resumo antes de resolver as questões: Resumo de amenorreia: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!
Veja também: ResuMED de Amenorreia: primária, secundária e suas causas

Como o tema possui extrema prevalência nas provas de Residência Médica, o Portal de Notícias do Estratégia MED trouxe 5 questões sobre Amenorreia que já caíram nas provas para ajudar, na prática, a sua preparação para as próximas seleções.

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Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro – SES RJ (2024)

Deve-se realizar a investigação com cariótipo na amenorreia primária:

I. Na ausência de útero.

II. Na presença de distúrbio da diferenciação sexual.

III. Na presença de hipogonadismo hipergonadotrófico. 

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas III.

D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

Confira a resolução

Resolução: O cariótipo está indicado em todas as amenorreias hipergonadotróficas (FSH elevado) e também em pacientes

sem útero, para diferenciar síndrome de Rokitansky e síndrome de Morris. Neste último caso, também deve ser acrescentada a dosagem de testosterona.

I. Na ausência de útero.

Correta, pois nesses casos precisamos do cariótipo para diferenciar a síndrome de Rokitansky da síndrome de Morris.

II. Na presença de distúrbio da diferenciação sexual.

Correta, pois nesses casos há dúvida quanto ao sexo genético do indivíduo.

III. Na presença de hipogonadismo hipergonadotrófico. 

Correta, pois nesses casos estamos pensando nas disgenesias gonadais e precisamos do cariótipo para definir a etiologia. 

Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.

Visão Laser Hospital Oftalmológico – HVL (2024)

Uma mulher de 20 anos procura o ginecologista referindo amenorreia primária. Nega relações sexuais. O desenvolvimento estatural e de caracteres sexuais secundários é normal. Ao exame físico o ginecologista nota vagina curta terminando em fundo cego. Solicitado cariótipo, cujo resultado foi 46XX. O diagnóstico mais provável é síndrome de:

A) Morris

B) Rokitansky-Kuster-Hauser

C) Sheehan

D) Kallman

Confira a resolução

Resolução: A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser ou agenesia mülleriana é uma malformação congênita com incidência estimada de um para cada quatro ou cinco mil nascimentos. É a segunda principal causa de amenorreia primária, ficando atrás apenas da disgenesia gonadal.

Ocorre defeito no desenvolvimento dos ductos de Müller (ductos paramesonéfricos). Na prova, é mais comum o

aparecimento da forma clássica, em que ocorre agenesia total dos ductos. Dessa forma, não ocorre formação do útero, das trompas e dos 2/3 superiores da vagina. Em 7-10% das mulheres, há útero obstruído ou rudimentar. Como o defeito é apenas nos ductos, o cariótipo é 46XX e os ovários estão presentes e funcionantes, ou seja, os caracteres sexuais secundários estão normais (lembre-se: o ovário não se origina nos ductos de Müller). 

A paciente apresenta vagina curta e a genitália externa é feminina (lembre-se: o terço inferior da vagina e a genitália externa têm origem no seio urogenital, que é normal nesses casos). Ocorrem malformações renais em 1/3 dos casos e malformações esqueléticas também podem estar presentes, especialmente na coluna lombar. Por isso, tão logo seja feito o diagnóstico dessa doença, devem ser rastreadas essas malformações

O diagnóstico diferencial da síndrome de Rokitansky inclui insensibilidade androgênica (principal para as provas), septo vaginal transverso e hímen imperfurado. O tratamento consiste na criação de neovagina a fim de melhorar a atividade sexual. 

Assim, correta a alternativa “b”.

Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais – IPSEMG (2024)

Adolescente, 17 anos, compareceu a consulta ginecológica referindo nunca ter menstruado. Além disso, alega início da vida sexual recentemente e queixa-se de dificuldade na inserção do pênis. Ao exame, possui estatura normal, e desenvolvimento puberal em M4, P5. Identifica-se apenas terço inicial da vagina. Solicitado cariótipo (46 XX), e USG-TV, que identificou ausência de útero e 2/3 superiores da vagina, com ovários normais. Qual é o diagnóstico dessa paciente?

A) Síndrome de Savage.

B) Síndrome de Morris.

C) Síndrome de Meyer-Rokitansky-Krüster-Hauser.

D) Síndrome de Swyer.

Confira a resolução

Resolução: A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser ou agenesia mülleriana é uma malformação congênita com

incidência estimada de um para cada quatro ou cinco mil nascimentos. É a segunda principal causa de amenorreia

primária, ficando atrás apenas da disgenesia gonadal.

Ocorre defeito no desenvolvimento dos ductos de Müller (ductos paramesonéfricos). Na prova, é mais comum o

aparecimento da forma clássica, em que ocorre agenesia total dos ductos. Dessa forma, não ocorre formação do útero, das trompas e dos 2/3 superiores da vagina. Em 7-10% das mulheres, há útero obstruído ou rudimentar. Como o defeito é apenas nos ductos, o cariótipo é 46XX e os ovários estão presentes e funcionantes, ou seja, os caracteres sexuais secundários estão normais (lembre-se: o ovário não se origina nos ductos de Müller). 

A paciente apresenta vagina curta e a genitália externa é feminina (lembre-se: o terço inferior da vagina e a genitália externa têm origem no seio urogenital, que é normal nesses casos). Ocorrem malformações renais em 1/3 dos casos e malformações esqueléticas também podem estar presentes, especialmente na coluna lombar. Por isso, tão logo seja feito o diagnóstico dessa doença, devem ser rastreadas essas malformações.

Assim, alternativa “c” correta.

Hospital Sírio-Libanês – HSL (2024)

Mulher de 17 anos de idade, procura atendimento porque ainda não menstruou. Tem caracteres sexuais desenvolvidos (P3M3) e nunca teve relação sexual. Nega outras queixas, como dor pélvica, aumento de pelos e acne. Refere que tentou usar por 10 dias acetato de medroxiprogesterona prescrito pelo ginecologista, e mesmo assim não menstruou. A hipótese diagnóstica para a falta de menstruação nesse momento é de

A) hímen imperfurado.

B) anomalia congénita dos ductos mesonéfricos.

C) síndrome dos ovários policísticos.

D) agenesia mulleriana.

E) síndrome de anovulação crônica..

Confira a resolução

Resolução: A amenorreia primária é definida como ausência de menstruação (menarca) aos 14 anos associada à falha no desenvolvimento de caracteres sexuais ou aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento de caracteres sexuais (mamas e pelos). A média de idade da menarca é de 12 anos. Ela ocorre quando há o amadurecimento do eixo HHO.

A definição acima é adotada pelo Tratado de Ginecologia do Williams. Já o Tratado de Ginecologia da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e o livro de Berek e Novak consideram a amenorreia primária como ausência de menstruação aos 13 anos, quando não há caracteres sexuais secundários, ou aos 15 anos, mesmo na presença de caracteres sexuais secundários.

Dicas para a prova

1. A amenorreia primária, geralmente, tem causa genética ou anatômica;

2. Se não há desenvolvimento mamário, as etiologias mais prováveis são atraso funcional do desenvolvimento puberal (FSH baixo ou normal) e disgenesia gonadal (FSH elevado);

3. Se há desenvolvimento mamário, há sinal de ação estrogênica, portanto de funcionamento ovariano. Nesses casos, quando o útero é ausente, os diagnósticos mais prováveis são agenesia mülleriana e insensibilidade androgênica; e

4. Se há desenvolvimento mamário e o útero é presente, as etiologias devem ser as mesmas das amenorreias secundárias.

Desta forma, alternativa “d” correta, pois na síndrome de Rokitansky há amenorreia primária com caracteres sexuais secundários bem desenvolvidos.

Revalida INEP (2021)

Adolescente, 16 anos de idade, com amenorreia primária, sem outras queixas. Ao exame físico foi constatada ausência de canal vaginal. Ultrassonografia pélvica mostrou ausência de útero. Cariótipo 46XX. Qual dos seguintes achados é esperado encontrar nessa paciente?

A) Mamas normodesenvolvidas.

B) Ausência de ovários.

C) Gônadas em fita.

D) Hipertrofia clitoridiana.

Confira a resolução

Resolução: As causas uterinas/vaginais representam 15% das causas de amenorreia primária. A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser ou agenesia mülleriana é uma malformação congênita com incidência estimada de um para cada quatro ou cinco mil nascimentos. É a segunda principal causa de amenorreia primária, ficando atrás apenas da disgenesia gonadal.

Ocorre defeito no desenvolvimento dos ductos de Müller (ductos paramesonéfricos). Na prova, é mais comum o aparecimento da forma clássica, em que ocorre agenesia total dos ductos. Dessa forma, não ocorre formação do útero, das trompas e dos 2/3 superiores da vagina. Em 7-10% das mulheres, há útero obstruído ou rudimentar. Como o defeito é apenas nos ductos, o cariótipo é 46XX e os ovários estão presentes e funcionantes, ou seja, os caracteres sexuais secundários estão normais (lembre-se: o ovário não se origina nos ductos de Müller). A paciente apresenta vagina curta e a genitália externa é feminina (lembre-se: o terço inferior da vagina e a genitália externa têm origem no seio urogenital, que é normal nesses casos). Ocorrem malformações renais em 1/3 dos casos e malformações esqueléticas também podem estar presentes, especialmente na coluna lombar. Por isso, tão logo seja feito o diagnóstico dessa doença, devem ser rastreadas essas malformações.

Desta maneira, a alternativa “a” está correta, pois essas pacientes têm os ovários normodesenvolvidos e, portanto, desenvolvem caracteres sexuais secundários.

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