Quer saber tudo sobre os doze pares de nervos cranianos, suas localizações e funções? Veja o artigo que o Estratégia MED preparou especialmente para você!
Navegue pelo conteúdo
Os doze pares de nervos cranianos
Os pares de nervos cranianos são aqueles que partem do encéfalo, sendo que o núcleo de dez deles está no tronco encefálico, ao passo que apenas dois, olfatório e óptico, se ligam ao telencéfalo e ao diencéfalo, respectivamente.
Par de nervos cranianos | Origem aparente no encéfalo |
I – olfatório | Bulbo olfatório |
II – óptico | Quiasma óptico |
III – oculomotor | Sulco medial do pedúnculo cerebral |
IV – troclear | Véu medial superior |
V – trigêmeo | Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio |
VI – abducente | Sulco bulbo-pontino |
VII – facial | Sulco bulbo-pontino (lateralmente ao VI) |
VIII – vestibulococlear | Sulco bulbo-pontino (lateralmente ao VII) |
IX – glossofaríngeo | Sulco lateral posterior do bulbo |
X – vago | Sulco lateral posterior do bulbo (caudalmente ao IX) |
XI – acessório | Sulco lateral posterior do bulbo |
XII – hipoglosso | Sulco lateral anterior do bulbo |
I – Nervo olfatório
Esse par de nervos cranianos é composto por numerosos pequenos feixes que se originam na região olfatória das fossas nasais, penetram a lâmina cribriforme do osso etmoide e terminam no bulbo olfatório. Sua função é exclusivamente sensitiva, sendo classificado como nervo de fibras aferentes.
II – Nervo óptico
Um grosso feixe de fibras, que se originam na retina, dão origem a esse par de nervos cranianos, que emergem através do polo posterior dos olhos e adentram o crânio pelo canal óptico.
Cada nervo óptico une-se com o oposto, formando o quiasma óptico, local onde há cruzamento parcial de suas fibras. Também é um nervo exclusivamente sensitivo, formado apenas por fibras eferentes.
Nervos cranianos da motricidade ocular
Os pares de nervos cranianos responsáveis pela motricidade ocular são o III – oculomotor, IV – troclear e VI – abducente. Todos eles penetram na órbita ocular pela fissura orbital superior e inervam a musculatura extrínseca do olho.
O nervo oculomotor inerva os seguintes músculos: elevador da pálpebra superior, retor superior, reto inferior, reto medial e oblíquo inferior. O músculo reto lateral é inervado pelo abducente, ao passo que o oblíquo superior pelo troclear.
V – Nervo trigêmeo
O nervo trigêmeo é um nervo misto, cuja função sensitiva é maior que a motora. As fibras sensitivas se ramificam em três divisões: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática de grande parte da cabeça.
Já a raiz motora desse nervo craniano acompanha o nervo mandibular e inerva os músculos mastigadores – temporal, masseter, pterigoideo lateral, pterigoideo medial, milo-hioideo, e ventre anterior do digástrico.
VII – Nervo facial
Esse par de nervos cranianos é formado por uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. O nervo facial se divide em cinco ramos: o nervo temporal, o nervo zigomático, o nervo bucal, o nervo marginal da mandíbula e o nervo cervical.
Tem grande importância para a musculatura da mímica facial. Suas fibras sensitivas controlam a sensibilidade auricular e a gustação nos dois terços anteriores da língua. Fibras autonômicas comandam as glândulas salivares e lacrimais.
VIII – Nervo vestibulococlear
Trata-se de um nervo exclusivamente sensitivo. Possui uma parte vestibular e uma parte coclear. A primeira é formada por fibras que se originam do gânglio vestibular e conduzem impulsos nervosos acerca do equilíbrio. A segunda parte desse nervo se origina de fibras do gânglio espiral, que trazem impulsos nervosos da audição, com origem no órgão espiral, situado na cóclea.
IX – Nervo glossofaríngeo
Esse par de nervos cranianos é misto e ramifica-se na raiz da língua e na faringe. É responsável pela sensibilidade da faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, seio e corpo carotídeo, além do terço posterior da língua. Fibras parassimpáticas inervam a glândula parótida.
X – Nervo vago
É o maior dos nervos cranianos, tem fibras mistas e sua função é principalmente visceral. Tem fibras aferentes viscerais que inervam a faringe, laringe, traqueia, vísceras torácicas e abdominais, fibras eferentes viscerais que fazem a inervação parassimpática das vísceras abdominais e torácicas.
XI – Nervo acessório
É formado por duas raízes, uma craniana e outra espinhal. As fibras da raiz craniana se juntam ao vago e inervam os músculos da laringe, pelo nervo laríngeo recorrente e as vísceras torácicas. Já as fibras do ramo espinhal inerva os músculos trapézio e esternocleidomastoideo.
XII – Nervo hipoglosso
Trata-se de um nervo essencialmente motor que emerge do sulco lateral anterior do bulbo e inerva os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua.
Gostou do conteúdo que trouxemos para você? O Estratégia MED é seu melhor aliado na preparação para as provas de residência médica mais concorridas de todo o Brasil. Com videoaulas e materiais atualizados e milhares de questões resolvidas, você pode estudar como e quando achar melhor! Clique no banner abaixo para saber mais!
Veja também:
- Cérebro: anatomia, funções e muito mais
- Hérnia de Disco: o que é, tipos e muito mais
- Resumo de coma e alteração da consciência
- Resumo de porfiria: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais
- Nervos cranianos: os doze pares de nervos
- Quanto ganha um neurocirurgião
- Resumo de hiperprolactinemia
- Resumo de cefaleias: primária, secundária, abordagens e muito ma
- Neurocirurgia: sistema nervoso, doenças e mais
- Neurologia: o que é, doenças, residência médica, salários e mais
- Demência: o que é, sintomas e muito mais
- Alzheimer: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento
- Academia Brasileira de Neurologia
- Resumo de doenças da coluna vertebral
Referências bibliográficas:
- Neuroanatomia funcional / Angelo B.M. Machado, Lucia Machado Haertel ; prefácio Gilberto Belisário Campos. – 3ª ed. – São Paulo : Editora Atheneu, 2014.