Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-V), o TDAH se configura como um padrão persistente de desatenção ou hiperatividade/impulsividade que interfere com a funcionalidade ou o desenvolvimento do indivíduo. A desatenção se manifesta com a constante distração, principalmente ao executar uma tarefa de alta complexidade. Já a hiperatividade, notável principalmente em crianças, se dá pela manifestação motora de maneira inapropriada através de movimentos repetitivos ou, por exemplo, em situações clássicas como a de um aluno em sala de aula que não consegue ficar sentado na cadeira. Em adultos pode ser manifestada através de uma grande inquietação ou até mesmo exaurindo outros com suas próprias tarefas. A impulsividade é a escolha de uma recompensa no momento em detrimento de uma possível gratificação no futuro, pode causar danos físicos como ao atravessar a rua de maneira impulsiva, ou ainda se manifestar na tomada de decisões complexas sem avaliar suas consequências. É difícil determinar uma faixa etária muito específica sobre o início do quadro, mas o consenso nos diz que aos 12 anos o indivíduo já pode apresentar sintomas. Podem ocorrer atrasos no desenvolvimento de linguagem, motor ou de interação social. Baixa tolerância à frustração, irritabilidade e labilidade humoral também são associados com frequência. Seu diagnóstico é desafiador, pois depende do contexto e das condições do ambiente.