Segundo dados atualizados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou nesta segunda-feira (20) a marca de 5 milhões de casos de dengue, entre confirmados e prováveis — aqueles notificados, excluindo os descartados. Ainda, a última atualização realizada às 15h46 de hoje, 21 de maio, traz o registro de 2.899 óbitos confirmados, bem como 2.687 óbitos em investigação.
Ao todo, são 5.145.295 casos até o momento, representando mais que o triplo de casos identificados no último ano e também em 2015, último recorde:
- 2024: 5.145.295 casos (até 21/05/2024);
- 2015: 1.688.688 casos;
- 2023: 1.658.816 casos.
Dentre os estados com o maior número de casos, Minas Gerais lidera com 1,4 milhões, seguido por São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal, que apresenta o maior coeficiente de incidência, sendo 9.055 casos para cada 100 mil habitantes.
O balanço divulgado pelo Ministério da Saúde ainda apresenta dados em relação à faixa etária, com a de 20 a 29 anos apresentando o maior número de casos prováveis, enquanto a menos atingida é a de crianças com menos de 1 ano de idade. Mulheres também encabeçam como o gênero mais atingido, com 55% dos casos.
Vacina contra dengue incluída no SUS
Após aprovação em março do último ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde oficializou no dia 21 de dezembro de 2023 a inclusão da vacina Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil pioneiro no fornecimento desse imunizante no sistema público universal.
Devido à capacidade limitada de produção declarada pelo laboratório fabricante, Takeda, a vacina conta com uma implementação gradual e possui uma faixa etária prioritária de 10 a 14 anos, pois essa faixa concentra o maior número de hospitalizações por dengue entre os anos de 2019 e 2023. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses entre elas.