Ministério da Saúde emite novas recomendações para o tratamento da leptospirose
CNN/Reprodução

Ministério da Saúde emite novas recomendações para o tratamento da leptospirose

A definição mais ampla visa captar mais casos na fase inicial da doença, permitindo um tratamento precoce e eficaz para evitar o agravamento da condição

Em resposta aos desafios de saúde pública associados ao desastre climático no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde emitiu hoje (08) novas recomendações para a suspeição e tratamento da leptospirose. Confira a nota técnica:

A leptospirose, uma doença bacteriana grave, tem sua ocorrência relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e à alta infestação de roedores infectados. Em cenários de desastres naturais, como inundações, a disseminação da bactéria no ambiente pode facilitar a ocorrência de surtos da doença.

Diante disso, o Ministério da Saúde recomenda uma definição mais sensível de caso suspeito para leptospirose, especialmente em áreas afetadas por inundações. Um indivíduo deve ser considerado suspeito se apresentar febre e mialgia, especialmente na região lombar e panturrilha, e tiver tido contato com água ou lama da inundação no período de até 30 dias anteriores ao início dos sintomas.

Esta definição mais ampla visa captar mais casos na fase inicial da doença, permitindo um tratamento precoce e eficaz para evitar o agravamento da condição.

Além disso, é crucial considerar o diagnóstico diferencial, uma vez que em situações de desastres climáticos podem ocorrer concomitantemente outras doenças infecciosas, como doenças respiratórias, doenças diarreicas agudas, infecções do trato urinário, sepse e hepatite A.

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Tratamento da leptospirose

O tratamento da leptospirose deve ser iniciado imediatamente após a suspeita clínica, sem esperar pelos resultados dos testes laboratoriais, pois é mais eficaz nas primeiras semanas dos sintomas. É essencial que os agentes públicos obtenham informações sobre a residência do paciente, já que casos podem ocorrer em áreas não afetadas pelas enchentes devido ao deslocamento das pessoas.

Sobre o uso da quimioprofilaxia

A quimioprofilaxia em larga escala para prevenir a leptospirose após desastres climáticos não é recomendada devido à falta de evidências científicas sólidas sobre seus benefícios e riscos. Embora não haja dados suficientes de ensaios clínicos para respaldar seu uso em toda a população, pode ser considerada para equipes de resgate expostas constantemente ao risco.

Essas recomendações foram debatidas e acolhidas pelo Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde com a participação de especialistas que assessoram o departamento.

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Confira abaixo mais informações sobre a leptospirose:

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