Resumo da alopecia androgenética: diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo da alopecia androgenética: diagnóstico, tratamento e mais!

A alopecia androgenética, também conhecida como calvície de padrão masculino ou feminino, é o tipo mais comum de perda de cabelo. Confira agora os principais aspectos referentes a esta condição médica, que aparecem nos atendimentos e como são cobrados nas provas de residência médica!

Dicas do Estratégia para provas

Seu tempo é precioso e sabemos disso. Se for muito escasso neste momento, veja abaixo os principais tópicos referentes à alopecia androgenética.

  • É o tipo mais comum de perda de cabelo e afeta pelo menos 80% dos homens e metade das mulheres aos 70 anos. 
  • A patogênese possui papéis cruciais dos andrógenos e a suscetibilidade genética à alopecia, ocasionando falha na maturação durante a fase anágena.
  • Nos homens, é caracterizada por calvície em locais característicos, como couro cabeludo temporal, frontal médio ou na área do vértice. 
  • Nas mulheres, é caracterizado por uma transição lenta e progressiva de cabelos terminais no couro cabeludo frontal ou vértice do couro cabeludo para cabelos mais curtos e finos e cabelos velos. 
  • O uso de minoxidil tópico e anti androgênicos são a base para o tratamento da alopécia androgenética. 

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Definição da doença

A alopecia androgenética (AAG) é caracterizada pela perda progressiva dos fios terminais nas regiões frontal e vértice do couro cabeludo nos homens e um afinamento difuso do cabelo nas mulheres, tendo como resultado redução visível da densidade capilar. 

Epidemiologia e fisiopatologia de alopécia androgenética

É o tipo mais comum de perda de cabelo e afeta pelo menos 80% dos homens e metade das mulheres aos 70 anos, com a incidência aumentando com a idade. é um distúrbio pós-púbere comum que ocorre em todo o mundo e apresenta prevalência crescente com a idade. nas mulheres, por mais que ocorra em qualquer idade, a condição ocorre mais comumente após a menopausa. 

#Ponto importante: A miniaturização do folículo piloso é a marca registrada da alopecia androgenética. 

Ocorre em algum ponto entre a fase catágena tardia ou anágena precoce, afetando a papila dérmica e a bainha dérmica, resultando em um folículo menor e uma fase anágena reduzida. Essa fase anágena encurtada leva à produção de fios de cabelo velo mais curtos e finos, processo este  chamado de miniaturização folicular. 

Esta anomalia é geralmente irreversível, embora o crescimento parcial e alguma reversão da miniaturização sejam possíveis em alguns casos.

Embora os papéis cruciais dos andrógenos e a suscetibilidade genética na alopecia androgenética masculina sejam bem aceitos, o grau em que esses fatores contribuem na maioria das mulheres é menos claro, visto que a maioria das mulheres não apresenta níveis anormais de andrógenos séricos.  

Manifestações clínicas da alopécia androgenética

Alopecia androgenética em homens 

Inicia-se na durante a adolescência com redução da densidade do cabelo terminal no couro cabeludo em locais característicos, como couro cabeludo temporal, couro cabeludo frontal médio ou na área do vértice do couro cabeludo. A gravidade do envolvimento dessas áreas é altamente variável e a perda de pelos terminais progride lentamente ao longo dos anos. 

A escala de Hamilton-Norwood é comumente usada para classificar a alopecia androgenética, dividindo os achados clínicos em sete estágios sequenciais da calvície e também descreve uma variante menos comum de perda de cabelo do tipo A, que apresentam movimento progressivo da linha anterior do cabelo posteriormente. 

Escala de Hamilton-Norwood. Crédito: Uptodate.

#Ponto importante: A alopecia androgenética tem sido associada a outros distúrbios nos homens, como doenças cardiovasculares e câncer de próstata. No entanto, não foram estabelecidas diretrizes distintas para a detecção e prevenção de doenças cardiovasculares em indivíduos com alopecia androgenética . 

Alopecia androgenética em mulheres

Nas mulheres se apresenta como uma redução na densidade total do cabelo (cabelo/centímetro quadrado), caracterizado por uma transição lenta e progressiva de cabelos terminais no couro cabeludo frontal ou vértice do couro cabeludo para cabelos mais curtos e finos e cabelos velos, resultando em uma visível redução da cobertura capilar. O couro cabeludo occipital e frontal geralmente são poupados. 

A escala de Ludwig é uma das escalas de graduação mais utilizadas classificar as características clínicas da alopecia androgenética nas mulheres, é simples e dividida em apenas três graus:

Escala de Ludwig. Crédito: Wikipedia

Principalmente no caso das mulheres, há uma relação muito forte com  efeitos psicossociais negativos relacionados à condição, com sentimentos de imagem corporal negativa, baixa auto-estima e qualidade de vida avaliada negativamente. 

Diagnóstico da 

O diagnóstico geralmente é feito clinicamente, com base na história do paciente e no exame físico do padrão de perda de cabelo em homens e mulheres. Em casos em que há dúvida diagnóstica, uma biópsia pode ser usada para confirmar o diagnóstico. 

A perda de cabelo relacionada à alopecia androgenética deve ser diferenciada de outras causas de perda de cabelo não difusa, como maturação capilar, alopecia areata, alopecia por tração, alopecias cicatriciais e tricotilomania. 

Tratamento da alopecia androgenética

Para os homens, a finasterida oral ou tópica funciona inibindo a enzima tipo II 5-alfa-redutase, bloqueando assim a conversão da testosterona em DHT. Junto com o minoxidil tópico são tratamentos de primeira linha. 

O minoxidil possui maior efeito no vértice e nas regiões frontais do couro cabeludo, onde é conhecido por retardar a taxa de perda de cabelo, prolongando a fase anágena e promover o crescimento do cabelo, aumentando o diâmetro e a densidade do cabelo. 

No caso das mulheres, o uso tópico de minoxidil associado a antiandrogênicos orais, principalmente espironolactona, são a base para o tratamento. A finasterida e o acetato de ciproterona são antiandrogênicos orais alternativos para as mulheres. 

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Veja também:

Referências bibliográficas:

  • Martinez-Jacobo L, Villarreal-Villarreal CD, Ortiz-López R, Ocampo-Candiani J, Rojas-Martínez A. Genetic and molecular aspects of androgenetic alopecia. Indian J Dermatol Venereol Leprol. 2018 May-Jun;84(3):263-268. doi: 10.4103/ijdvl.IJDVL_262_17
  • Amy McMichael. Female pattern hair loss (androgenetic alopecia in females): Pathogenesis, clinical features, and diagnosis. Uptodate.
  • Jeff Donovan; Beth G Goldstein; Adam O Goldstein. Androgenetic alopecia in males: Pathogenesis, clinical features, and diagnosis. Uptodate
  • Nestor MS, Ablon G, Gade A, Han H, Fischer DL. Treatment options for androgenetic alopecia: Efficacy, side effects, compliance, financial considerations, and ethics. J Cosmet Dermatol. 2021 Dec;20(12):3759-3781. doi: 10.1111/jocd.14537.
  • Crédito da imagem em destaque: Pexels
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