Como é a Residência Médica de Neurologia do Hospital Sírio Libanês
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência Médica de Neurologia do Hospital Sírio Libanês

Está considerando realizar a sua residência de Neurologia no Hospital Sírio-Libanês? Então confira este texto e entenda como funciona a formação em uma das instituições privadas mais renomadas do país. O programa alia excelência acadêmica, contato com grandes nomes da Medicina e vivência prática tanto no setor privado quanto no SUS. Saiba como são os rodízios, a carga horária, os plantões, o perfil do residente ideal e muito mais!

A residência em Neurologia do Hospital Sírio Libanês

Com duração de três anos, a residência médica em Neurologia do Hospital Sírio-Libanês oferece três vagas por ano — duas de ampla concorrência e uma reservada para ações afirmativas.

Para compreender melhor a rotina do programa, conversamos com o Dr. Jenielson Brito, residente da especialidade na instituição. Ele compartilhou detalhes sobre o funcionamento do serviço, a vivência prática e os diferenciais do programa. Acompanhe abaixo!

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Experiências no setor privado e no público

Embora seja uma instituição privada de grande porte, o Hospital Sírio-Libanês estrutura sua residência médica de forma a garantir que os médicos em formação tenham experiências tanto no setor privado quanto no público. A residência de Neurologia, assim como as demais especialidades, inclui rodízios em serviços do SUS por meio de parcerias, como com o Hospital do Grajaú — unidade cuja gestão é feita pelo próprio Sírio.

Essa dupla vivência é considerada essencial pelos residentes. Jenielson, que veio de um internato 100% SUS, relata que o início no hospital privado exigiu adaptação, mas também ofereceu a oportunidade de conhecer protocolos mais organizados e recursos mais disponíveis.

Um dos maiores receios de quem considera uma residência em hospital privado é quanto à autonomia e ao contato com os pacientes. No Sírio-Libanês, os residentes participam ativamente dos atendimentos — inclusive de pacientes privados — sempre sob supervisão, em um ambiente que entende e valoriza o papel do médico em formação.

Já os procedimentos, em sua maioria, são realizados durante os rodízios no SUS, especialmente nos plantões do Hospital do Grajaú. São cerca de 47 plantões por ano, com ampla exposição a casos graves e diversas oportunidades para desenvolver habilidades práticas.

Rodízios espalhados por São Paulo

Um dos pontos que gera dúvidas em quem considera o Sírio-Libanês é a necessidade de deslocamento frequente por São Paulo. Os rodízios ocorrem em diferentes regiões da cidade, o que pode demandar transporte próprio ou planejamento logístico.

Apesar disso, os residentes consideram essa mobilidade como uma oportunidade de contato com realidades variadas da prática médica, incluindo hospitais de diferentes níveis de complexidade, tanto públicos quanto privados.

Carga horária e exigência acadêmica

Com uma média de 60 horas semanais, a carga horária da residência tende a ser bem distribuída ao longo dos anos. No entanto, à medida que o residente avança, a cobrança também aumenta. Há maior responsabilidade clínica e acadêmica, com provas regulares e uma expectativa de desempenho progressiva.

A parte teórica é, inclusive, um dos carros-chefes do programa, já que a residência no Sírio se destaca pela forte ênfase acadêmica. Desde o R1, os residentes participam de atividades regulares, como: 

  • Apresentações de caso clínico, com comentários de preceptores;
  • Seminários sobre diretrizes atualizadas;
  • Journal Club, com discussão de artigos científicos relevantes; e
  • GRHs (Grand Rounds Hospitalares), com participação de especialistas e discussão de casos desafiadores.

Essa base se mantém nos anos seguintes, especialmente no R2, quando há um intensivo de semiologia, neuroanatomia e diagnóstico neurológico, sempre com preceptores altamente qualificados.

Contato com grandes nomes da Medicina

Outro diferencial destacado pelo residente é o acesso direto a médicos que são referência nacional em suas áreas. Os chefes e assistentes do hospital são, frequentemente, autores de artigos e protocolos utilizados no ensino da Medicina.

Esse contato direto favorece o aprendizado, a troca de experiências e a criação de referências e mentorias ao longo da residência. Os preceptores, em geral, são também assistentes desses especialistas, o que garante alinhamento entre a prática assistencial e a formação médica.

Pontos a melhorar no programa

Embora o programa tenha muitos pontos fortes, Jenielson destaca dois aspectos que ainda podem ser aprimorados:

  • Deslocamento constante por São Paulo, que pode ser exaustivo para alguns residentes; e
  • Fomento à pesquisa: embora haja núcleos bem estruturados entre os assistentes, o estímulo direto à pesquisa por parte dos residentes ainda está em desenvolvimento.

Como é a divisão dos anos de residência?

R1 – Clínica Médica

O primeiro ano é totalmente voltado à Clínica Médica, com rodízios em diversas subespecialidades (como Pneumologia, Cardiologia, Reumatologia e Hematologia), além de passagens por enfermarias e sala vermelha. Parte dessas atividades ocorre no Sírio e parte em hospitais parceiros, como o Hospital da Polícia Militar e o Hospital do Grajaú.

A carga horária gira em torno das 60 horas semanais, com meses mais intensos, como o de Cardiologia — conhecido pela alta exigência acadêmica — e os períodos na sala vermelha, em que o residente lida com emergências como infarto, AVC e TEP.

R2 – Início da Neurologia

A partir do segundo ano, o residente entra oficialmente na Neurologia. Os primeiros meses são dedicados à formação teórica intensiva, com foco em neuroanatomia e semiologia neurológica. Os rodízios se concentram inicialmente no próprio Sírio e, depois, se expandem para emergências em hospitais como o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e o Hospital Santa Marcelina.

R3 – Subespecializações e ambulatórios

O terceiro ano é voltado para subáreas da Neurologia. Os rodízios são majoritariamente externos, com passagens por ambulatórios como o de doenças neuromusculares na Paulista, além de outras unidades do HCFMUSP e do Hospital Santa Marcelina. Apenas três meses do R3 são cumpridos no Sírio.

Vale a pena prestar para o Sírio?

Para quem busca uma formação sólida, atualizada e com acesso a professores renomados, a residência de Neurologia do Hospital Sírio-Libanês é uma excelente escolha. O programa oferece equilíbrio entre prática e teoria, diversidade de cenários e um ambiente respeitoso entre residentes e chefes.

Um perfil ideal para o candidato à Neurologia no HSL

Por ser uma residência com perfil altamente acadêmico, o candidato que se adapta melhor ao programa é aquele interessado em aprofundar-se na teoria, discutir condutas atualizadas e manter-se constantemente estudando. A parte prática também é contemplada — especialmente nos plantões e rodízios externos — mas a ênfase no raciocínio clínico e na formação teórica é clara.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Neurologia do Hospital Sírio Libanês com o bate-papo “Vida de Residente” entre a Professora Ana Luiza Viana e o Dr. Jenielson Brito, que realizou a residência da especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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