Como é o programa de Residência Médica para Estrangeiros na USP-SP
Créditos: Estratégia MED

Como é o programa de Residência Médica para Estrangeiros na USP-SP

A busca por excelência na formação médica transcende fronteiras, impulsionando médicos estrangeiros a buscar oportunidades de residência em instituições de saúde brasileiras. Caso do Dr. Manuel Almeida, médico angolano e atual residente da Universidade de São Paulo (USP).

No texto a seguir, contaremos um pouco sobre como a USP-SP seleciona médicos estrangeiros para seu time de residentes e como essa jornada de integração entre nacionalidades pode agregar no avanço do cuidado à saúde em âmbito mundial.

A residência para Estrangeiros na USP-SP

O renomado Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) tem se destacado não apenas por sua excelência médica, mas também por sua abertura a profissionais estrangeiros que desejam aprimorar suas habilidades por meio de programas de residência médica. Um exemplo notável é o caso de Manuel Almeida, médico angolano que compartilhou sua jornada de dedicação e conquistas no campo da medicina.

Formado na cidade de Lobango, capital da província da Wila, na Angola, Manuel concluiu sua graduação em medicina em 2017. No entanto, sua busca por aperfeiçoamento não se limitou à graduação, levando-o a almejar uma vaga de residência médica no renomado Hospital das Clínicas da USP.

O processo seletivo para estrangeiros na USP-SP

O processo de seleção para a residência médica no Hospital das Clínicas é rigoroso e desafiador, especialmente para estrangeiros. Almeida descreve o processo de inscrição e  destaca que a seleção é cuidadosamente projetada para avaliar os candidatos em suas bases de conhecimento e habilidades clínicas.

A prova escrita — realizada online por Almeida, devido à pandemia — abrangeu questões específicas de clínica médica, uma vez que o programa valoriza a formação sólida nessas bases. Aprovados na prova escrita, os candidatos avançam para a fase prática, que inclui a realização de procedimentos e entrevista. A complexidade do programa reflete a intenção de avaliar não apenas a teoria, mas também as habilidades práticas dos candidatos.

Rotina e troca de experiências

Uma vez aprovados, os médicos estrangeiros iniciam a residência, um período de formação intensivo que pode durar de dois a três anos, dependendo da especialidade escolhida. Durante esse tempo, eles são expostos a treinamento clínico e prático, atuando em hospitais e clínicas, onde têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades médicas, diagnosticar pacientes e aprender com profissionais experientes. Além disso, participam de atividades acadêmicas, como aulas, seminários e discussões clínicas, que visam aprofundar seus conhecimentos e mantê-los atualizados com as últimas práticas médicas.

A integração com residentes brasileiros também é uma parte fundamental desse processo, permitindo a troca de experiências e conhecimentos entre profissionais de diferentes origens culturais. No entanto, a adaptação a um novo país, cultura e língua pode ser um desafio significativo dependendo da pessoa, o que pode afetar a comunicação com pacientes, colegas e preceptores.

Ao final da residência, alguns médicos estrangeiros optam por revalidar seus diplomas de medicina no Brasil por meio do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos no Exterior (Revalida), a fim de obter o reconhecimento oficial e exercer a profissão no país. Além disso, a experiência adquirida durante a residência pode ser aplicada em seus países de origem, contribuindo para o avanço da saúde em escala global.


Quanto aos próprios planos, Almeida considera terminar a residência e possivelmente buscar uma especialização na área ambulatorial. Ele expressou sua gratidão pelo programa e pela oportunidade de contribuir para o desenvolvimento médico em seu país de origem, onde sua formação e experiência no Hospital das Clínicas da USP podem servir como pilares para o aprimoramento da saúde local.

Descubra mais sobre o programa de residência médica para estrangeiros na USP-SP com o bate-papo “Vida de Residente” entre a Profª Ana Luiza Viana e Manuel Almeida, médico residente na instituição, no vídeo abaixo:

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