GABARITO: ALTERNATIVA C

O que o examinador quer saber com esta questão?

Conhecimentos sobre o tratamento de pé torto congênito (PTC).

O que você precisa saber para responder a esta pergunta?

Tratamento do PTC

O PTC é composto por quatro deformidades apresentadas pelo mnemônico CAVE: Cavo do mediopé, Aduto do antepé, Varo do retropé e Equino do tornozelo. Esta é a ordem em que as deformidades são tratadas com o método de Ponseti.

É uma doença que afeta, na realidade, do joelho para baixo, com uma deposição inadequada de colágeno posteromedialmente, que leva à deformidade e contratura.

A suspeita diagnóstica é feita pelo ultrassom morfológico do segundo trimestre da gestação, mas é confirmada pelo exame físico ao nascimento.

O tratamento pode ser instituído já na primeira semana de vida, pelo método de Ponseti (até hoje, não há método melhor do que este), que consiste em: trocas gessadas semanais, com ganho progressivo das deformidades; tenotomia do tendão de Aquiles em 95% dos casos; uso da órtese de Dennis-Browne até os 4 anos de idade.

O primeiro gesso do Ponsett é feito supinando-se o primeiro metatarso, para o deixar no mesmo alinhamento dos outros metatarsos. Com isso, corrigimos o cavo.

Na sequência, faz-se uma abdução progressiva com fulcro na cabeça do tálus, corrigindo-se, assim, o aduto e o varo.

Quando se atingem 60 graus de abdução, avalia-se o equino; se o pé não atingir ao menos 20 graus de dorsiflexão, está indicada a tenotomia, que é feita de forma percutânea. Com isso, tratamos o equino.

Mantém-se o gesso por três semanas, em hiperabdução e dorsiflexão de pelo menos 20 graus, até a cicatrização da ferida e confecção da órtese.

A órtese mantém os pés em abdução de 60° (se for unilateral, o pé saudável fica em abdução de 40°) e 10° de dorsiflexão. É usada 23 horas por dia pelos primeiros três meses, depois 14 a 16 horas por dia até os 4 anos de idade.