GABARITO: ERRADO

A expressão “essa legislação”, presente no último parágrafo, refere-se especificamente à legislação hebraica, mencionada imediatamente antes. No caso, o pronome demonstrativo “essa” funciona aqui como um mecanismo coesivo anafórico que retoma um termo específico, com valor determinado, delimitado pelo contexto.

Já o trecho proposto para substituição (“o referido compêndio”) apresenta um núcleo nominal completamente distinto: compêndio não equivale semanticamente à legislação. Isso porque o termo compêndio, em português culto e técnico, designa uma obra sistematizada, geralmente didática ou compilatória, que resume e organiza conhecimentos de uma área. Portanto, seu emprego induz o leitor a compreender que o texto se refere a um conjunto doutrinário ou manual, e não a um corpo normativo ou conjunto de leis como o termo “legislação” designa. Trata-se de um erro semântico, que compromete a precisão referencial e a adequação temática.

Ademais, ao longo do texto, a construção coesiva é estabelecida com base em um encadeamento histórico das legislações que incorporaram, em maior ou menor grau, práticas médico-legais, desde os papiros egípcios até a legislação hebraica. Logo, o uso de “essa legislação” preserva tanto a referência anafórica quanto a coerência temática, pois delimita claramente a discussão em torno das leis hebraicas.