GABARITO: ERRADO

O pronome relativo “cujo” (e suas variações: cuja, cujos, cujas) normalmente indica relação de posse entre os dois termos que conecta (o que vem antes e o que vem depois dele). A forma correta de utilização é a seguinte: [possuidor] CUJO [possuído], sendo que o pronome deve sempre concordar com o termo que vem depois dele.

Além disso, esse pronome pode ser interpretado como equivalente a expressões como “do qual”, “da qual”, “dos quais”, “das quais”. No entanto, isso não significa que seja possível simplesmente fazer essa substituição sem alterar a estrutura da frase, pois há diferenças sintáticas que precisam ser respeitadas.

Para que o uso de “cujo” seja adequado, é essencial que haja uma relação de posse que exija a preposição “de” entre o termo antecedente e o consequente. Veja um exemplo:

“Na estante, ela admirava os livros, cujas capas estavam desgastadas.” = os livros da estante tinham capas desgastadas.

Quanto ao item, o trecho original emprega corretamente o pronome “cujos” para indicar que os peritos pertencem à sindicância, ou seja, há uma relação de posse entre os dois termos. Já a reescrita proposta substitui “cujos” por “que”, o que rompe essa relação de posse, causando erro gramatical, pois o pronome “que” não expressar essa ideia.

Além disso, há outro problema: a expressão “devido a natureza” está incorreta, pois o termo “devido” exige a preposição “a”, e como “natureza” está precedida de artigo definido feminino (“a natureza”), ocorre a crase: o correto é “devido à natureza”. Portanto, a reescrita prejudica a correção gramatical e altera a estrutura sintática do trecho original.