A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória autoimune do sistema nervoso central que afeta adultos jovens com maior frequência. É mais comum em mulheres e a idade média de início é por volta dos 30 anos, variando entre 15 e 45 anos. É uma doença esporádica na maioria das vezes.

A forma mais comum de manifestação clínica da EM é através de surtos de déficits neurológicos focais (Esclerose Múltipla Remitente Recorrente – EMRR), que podem ser motores, sensitivos, de tronco, cerebelo, medula espinhal, neurite óptica ou de virtualmente qualquer topografia do SNC. Após o surto, há a tendência de recuperação completa ou parcial dos sintomas, mas tratamento do surto com altas doses de metilprednisolona (pulsoterapia) pode acelerar o processo de recuperação.

O diagnóstico de EM é feito com base na história clínica e RM de crânio: analisa-se o histórico de episódios e as características do quadro atual. Paralelamente, a ressonância magnética, mostra um padrão típico de desmielinização distribuído em vários níveis do SNC. Punção lombar com coleta de bandas oligoclonais também é útil no diagnóstico de vários casos.

O tratamento da EM vem se desenvolvendo nas últimas décadas e hoje temos diversas opções de tratamento modificador da doença (TMD). Todas as pessoas com um diagnóstico de EMRR devem ser tratadas com TMD. Após iniciar o tratamento, esses pacientes devem ser monitorizados de perto com avaliações clínicas, exames laboratoriais (que variam de acordo com o medicamento) e com RM de crânio periódicos.

Aos se detectar alterações sinais de progressão na imagem ou no exame clínico, pode-se considerar modificar a TDM.

Essa questão aborda a fisiopatologia básica da doença. Vejamos as alternativas.