O termo amnésia significa ausência de memória. Contudo, na prática, é muitas vezes utilizado indevidamente para se referir a perdas parciais de memória (que deveriam ser chamadas de hipomnésia) ou mesmo dificuldade de evocar memórias. Nesse contexto, a amnésia pode ser dividida em anterógrada, retrógrada,

lacunar e generalizada.

• Anterógrada: também conhecida como amnésia de fixação, é a incapacidade de fixar novas memórias a partir de um determinado evento.

• Retrógrada: é a incapacidade de evocação de memórias, ou seja, o paciente não consegue trazer à tona memórias antigas a partir de um determinado acontecimento. Pode acontecer após convulsões, traumatismos cranioencefálicos, como efeito colateral de tratamento com eletroconvulsoterapia (ECT), dentre outros.

• Retroanterógrada: é um tipo misto de perda de memória, envolvendo prejuízos na fixação e também na evocação de informações. Pode acontecer em alguns casos de delirium ou traumatismo cranioencefálicos.

• Lacunar: nesse tipo de amnésia, acontece uma perda de memória em um determinado período de tempo. Ou seja, todos os eventos antes e depois da lacuna são evocados normalmente. Pode acontecer após intoxicações por drogas, intoxicações alcoólicas, em síndromes dissociativas, na síndrome de Wernicke-Korsakoff ou após convulsões.

• Generalizada: na amnésia generalizada, toda ou grande parte da memória do paciente é perdida. Geralmente ocorre após traumas graves na cabeça ou em estágios avançados de síndromes demenciais