Ana, 17 anos de idade, procurou a unidade básica de saúde há duas semanas por dor abdominal. Estava sozinha e visivelmente angustiada. A profissional que a acolheu identificou que Ana ingeriu vários medicamentos (que não sabe o nome) para interromper a gravidez. Naquele dia, foi encaminhada para o pronto-socorro de referência, onde foi atendida. A gravidez não foi interrompida. Retorna hoje à unidade básica de saúde para prosseguir seu acompanhamento. Ana diz que a ação de tentar terminar a gestação ocorreu após briga com líder de sua religião, que, por indiretas, sugeriu que ela não era bem-vinda e que procurasse outra religião. Além da ação religiosa, costumava também voluntariar-se em uma organização não governamental que já havia sido assaltada três vezes por seu irmão. Esses episódios a deixaram muito envergonhada e, por isso, não frequenta mais o local. Esse irmão também está em acompanhamento na UBS, e na última consulta médica disse sentir que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ingerida, pois vários membros da família o criticam por isso. Ele estranhou a pergunta do médico sobre o costume de ingerir bebidas pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca. O pai, caminhoneiro, passa um dia por semana em casa e a mãe abandonou os dois filhos ainda muito pequenos, por motivo desconhecido. O pai do bebê de Ana tem 18 anos, é aluno do curso técnico de informática e trabalha à noite em uma lanchonete perto da UBS. Qual estratégia adotada na atenção primária terá maior utilidade na sistematização da abordagem dessa família?
Questão
SP - Universidade de São Paulo - USP - SP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP - HC)
2018
Residência (Acesso Direto)
Ana-17-anos-idade256b972cdb8
A
Genograma associado a ecomapa.
B
Projeto terapêutico singular.
C
Matriciamento com saúde mental.
D
Atendimento compartilhado com psicólogo