GABARITO: ALTERNATIVA A.

Estrategista,

O risco atribuível na população ou risco atribuível populacional (RAP) é "a proporção do risco na população total associada com a exposição" (Medronho et al, 2008). É uma medida que leva em consideração o peso da exposição no risco de adoecimento na população total (expostos e não expostos) e não apenas os expostos. Ele é calculado por meio da seguinte forma:

RAP= Incidência populacional - Incidência nos não expostos.

Observe que a tabela acima mostra que a densidade de incidência na população total foi igual a 30,2 casos de câncer a cada 1000 pessoas/ano. Já a incidência em quem nunca fumou foi de 17,7 casos de câncer a cada 1.000 pessoas/ano. Portanto, o RApop será igual a:

RAP = 30,2 - 17,7 = 12,5 casos a cada 1.000 pessoas/ano.

Isso significa que, se a incidência total de câncer de pulmão na população é de 30,2 casos, sendo que 17,7 nunca fumaram, então esses 12,5 só podem ser atribuídos a quem é tabagista ou foi tabagista.

Mas veja que nenhuma das alternativas tem o valor de 12,5, mas apenas valores em porcentagem. Portanto, o que a banca quer saber é o risco atribuível proporcional na população (RApop) (e aqui a banca cometeu um erro, porque RAP é diferente de RApop... um é o risco em valor absoluto e o outro em valor proporcional).

Em outras palavras: qual é a contribuição desses 12,5 no risco total da população? Ou seja, se o risco de adoecimento na população total fosse igual a 100%, a quantos por centos corresponderiam esses 12,5 casos?

(12,5/30,2) x 100 = 41,39 ou 41,4%.

Então, de todo o risco de câncer de pulmão que existe naquela população, 41,4% podem ser atribuídos ao tabagismo. Logo, se o gestor local instalasse um programa de prevenção de tabagismo, o risco (ou incidência) de câncer de pulmão naquela população cairia em 41,4%:

Portanto: