A cardiotocografia intraparto deve ser reservada para gestantes de alto risco para hipóxia fetal ou situações intraparto que aumentam o risco de hipóxia fetal, como vimos anteriormente. Não há benefícios de realizar CTG intraparto em gestantes de baixo risco e com o trabalho de parto fisiológico, além de aumentar o risco de cesárea e parto vaginal operatório.

Existem diversas classificações do traçado cardiotocográfico na literatura; a mais utilizada em nosso meio é a ACOG (American College of Obstetricians and Gynecologist) e, mais recentemente, a da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia).

Ambas as classificações categorizam as cardiotocografias em três categorias, conforme a tabela a seguir:

A CTG categoria 1 é aquela considerada normal. Para isso, a linha de base e a variabilidade devem estar normais, pode haver ou não acelerações transitórias e o único tipo de desaceleração aceito são as desacelerações precoces, que podem estar presentes ou não.

A CTB categoria 3, por sua vez, sugere hipóxia fetal, por isso é considerada patológica. Essa cardiotocografia caracteriza-se por variabilidade mínima ou ausente e um dos seguintes achados: bradicardia, desacelerações tardias recorrentes, desacelerações variáveis recorrentes. Além disso, o padrão sinusoidal também é considerado categoria 3.

Todas as outras cardiotocografias intraparto que não se enquadram nas categorias 1 ou 3 são classificadas como categoria