Estrategista,

Para classificar a modalidade de atenção domiciliar indicada, vamos revisar.

Há 3 modalidades de atenção domiciliar (AD 1, AD 2 e AD 3), a depender de um nível crescente de frequência dos cuidados.

• AD 1: usuários que necessitem de cuidados com menor frequência e com menor necessidade de intervenções multiprofissionais; supõe-se estabilidade clínica e bons cuidados dos cuidadores. Os atendimentos são prestados pela atenção básica, com apoio do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), ambulatórios especializados e centros de reabilitação.

• AD 2: usuário com indicação de atenção domiciliar, e que apresente condições para as quais se tentará evitar ou abreviar internação. São as condições:

o Afecções agudas ou crônicas agudizadas, como tratamentos parenterais ou reabilitação;

o Afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal;

o Necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário;

o Prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal.

• AD 3: AD 2 + necessidade de cuidados mais frequentes ou procedimentos complexos, como ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição parenteral e transfusão sanguínea.

No caso de dona Maria, independente do quadro clínico já saberíamos que ela está em AD2 ou AD3, por ser acompanhada pelo SAD, e não por uma equipe da atenção básica.

Para diferenciar entre AD2 e AD3, notamos que ela não está em necessidade de procedimentos complexos ou cuidados mais frequentes – o que caracterizaria a AD3, de modo que escolhemos então a AD2.