GABARITO: ALTERNATIVA C

Estrategista, hepatite B é um assunto muito frequente nas provas de Residência! Essa questão é direta e quer saber qual é o perfil sorológico da imunidade para a hepatite B adquirida após vacinação. Vamos ver?

O vírus da Hepatite B (HBV) é um vírus de DNA (importante: única hepatite viral cujo material genético é composto por DNA) com transmissão parenteral, ou seja, através do sangue e fluidos corporais. Os principais meios de transmissão são por via sexual, percutânea e perinatal (vertical). A transmissão por transfusão de sangue e hemoderivados hoje é quase nula, devido às testagens nos bancos de sangue e a principal forma de contágio é a sexual.

A sua imunização está inserida no Calendário Nacional de Vacinação, é obrigatória, segundo o Ministério da Saúde, e é a melhor forma de prevenir a sua infecção. São administradas 3 doses, a segunda 30 dias e a terceira 6 meses após a primeira dose. Lembre que em recém-nascidos, a dose 0 é administrada ainda na maternidade, em até 12 horas após o nascimento, completando 4 doses (0-2-4-6 meses). A vacina é composta por proteína de superfície do vírus da Hepatite B, ou

seja, por vírus inativo, e não é capaz de causar doença.

A vacina é muito efetiva, com soroconversão alcançando cerca de 90% dos indivíduos após a vacinação completa. Confirmamos a efetividade da imunização com a dosagem do antiHBs, que, se acima de 10 mUi/mL, confere proteção vacinal por mais de 10 anos, entretanto, esse controle não deve ser realizado de rotina em todos os indivíduos.

A revacinação está indicada se não há produção de antiHBs após o esquema completo em algumas situações específicas, como em imunodeprimidos, profissionais de saúde e pacientes em hemodiálise. Se após 2 esquemas completos de 3 doses não houver soroconversão, esse indivíduo é considerado não respondedor.

Vamos lembrar os marcadores sorológicos? HBsAg é o marcador da presença da proteína viral na corrente sanguínea e significa infecção atual (aguda ou crônica). O antiHBc é o anticorpo produzido quando o organismo entra em contato com o vírus selvagem (e não da vacinação), e pode ser IgG (infecção crônica ou cicatriz sorológica, se IgM negativo), IgM (infecção aguda) ou total. Vale lembrar que esse anticorpo não é imunizante!

O HBeAg é o antígeno que marca replicação viral. Se positivo, o paciente está com o vírus ativo, em replicação, e se formos dosar a carga viral (HBV-DNA) nesse momento, veremos muitos vírus circulantes!

Finalmente, temos o antiHBs, anticorpo contra o antígeno S da superfície (HBsAg). Esse é produzido tanto quando o indivíduo entra em contato com o vírus selvagem como quando é submetido à vacinação, e é capaz de induzir imunidade, ou seja, uma vez com antiHBs positivo, não há risco de contrair a infecção pelo HBV.

Resumindo...