GABARITO B

Atualmente, o principal (mais frequente) agente infeccioso responsável por surdez sensorioneural congênita ao nascimento é a citomegalovirose congênita.

A infecção pelo citomegalovírus, na sua forma congênita, é assintomática em 90% das crianças ao nascimento. Deve ser suspeitada em filhos de mães que apresentaram a doença ou na presença de sinais característicos, como icterícia colestática, petéquias e hepatoesplenomegalia. A neuroimagem pode trazer lesões típicas de calcificações cerebrais periventriculares. A principal consequência da doença é a surdez neurossensorial, aliás, essa é a causa infecciosa mais frequente dessa condição.

O diagnóstico pós-natal é clínico, associado a isolamento viral ou PCR na urina ou saliva. A presença do vírus nas primeiras três semanas de vida confirma o diagnóstico.

O tratamento da citomegalovirose congênita é controverso na literatura. Alguns autores defendem que os casos leves ou assintomáticos não sejam tratados e sim os casos graves, para reduzir a progressão do déficit auditivo e neurológico. A droga de escolha é o Ganciclovir na dose de 12mg/kg/dia endovenosos por seis semanas, pelo Ministério da Saúde ou o Valganciclovir, por 6 meses, pela Sociedade Brasileira de Pediatria.