Clara é uma mulher de 20 anos que, apesar de sempre ter tido um bom histórico escolar, decidiu não entrar na faculdade por causa de sua ansiedade. Foi levada ao psiquiatra pela sua mãe e, durante a consulta, estava relutante em falar de si mesma. Dizia estar constantemente tensa e só em casa sentia-se à vontade. Tinha muita dificuldade de conversar com pessoas fora do seu círculo familiar, geralmente por
começar a suar profusamente e ter taquicardia. Ficava particularmente ansiosa na companhia de pessoas da mesma idade ou de pessoas que ela considerava “muito importantes”. Tinha poucos amigos com quem se sentia à vontade. Tremia ao ter que assinar ou preencher formulários quando estava sendo observada. Tinha muita vontade de namorar e sair com os amigos. As pessoas do seu círculo de convivência a achavam muito doce e educada. No entanto, evitava sair com eles para restaurantes, pois começava a passar mal (tendo tontura, palpitações, fôlego curso) quando tentava comer com pessoas estranhas por perto que lhe pudessem observá-la. Era vista pelas outras pessoas como “caseira”, não por gostar de ficar em casa o tempo todo, mas pelo constante medo de passar vexame na frente de outras pessoas. Clara negou abuso de drogas e negou eventos traumáticos que antecedessem o surgimento dos sintomas.
Nesse caso, qual é o provável diagnóstico?