A disfunção primária do enxerto abrange desde o mau funcionamento inicial até o não-funcionamento primário do enxerto, que é um evento raro e requer retransplante imediato.

O aumento progressivo das bilirrubinas nos primeiros dias de pós-operatório é um dos principais indicadores de disfunção do fígado. 

No pós-operatório imediato, um grande aumento dos níveis de transaminases, a instalação abrupta de insuficiência renal e persistência do coma são indicadores do não- funcionamento primário do fígado. 

A causa exata da disfunção primária do enxerto ainda é desconhecida, mas existem fatores que parecem estar intimamente relacionados à sua maior incidência. Entre eles, destacam-se aqueles relacionados ao doador: grau de esteatose, extremos de idade, instabilidade hemodinâmica, uso de altas doses de drogas vasoativas e tempo de isquemia fria prolongado.