Questão
TO - Fundação Universidade Federal do Tocantins - UFT
2020
Residência (Acesso Direto)
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Com a melhoria das condições de vida e na saúde da população nas últimas décadas, as causas perinatais, decorrentes de intercorrências durante a gravidez, parto e nascimento, passaram a responder por mais de 50% dos óbitos no primeiro ano de vida. A asfixia neonatal figura entre as principais causas de óbito perinatal e deficiência neurológica a longo prazo em lactentes. Estima-se que sua prevalência esteja entre 1 a 6:1000 nascidos vivos, enquanto a Encefalopatia Hipóxico-isquêmica seja de 0,3 a 2: 1000 nascidos vivos. Asfixia é definida como agravo ao feto ou ao RN, ocasionado por uma falta de oxigênio (hipoxemia) e ou uma falta de perfusão (isquemia) de vários órgãos, associado à acidose lática e, quando acompanhada de hipoventilação, à hipercapnia. Em relação à anoxia neonatal, podemos afirmar que:
A
O trato gastrointestinal suporta diminuição do evento isquêmico por aproximadamente 48 a 72 h, sem causar dano ao órgão. Este segmento é o menos afetado em caso de anóxia neonatal.
B
Em situações de hipóxia, os pulmões sofrem vasodilatação imediata, o que leva ao quadro de hipotensão pulmonar persistente neonatal.
C
A vasoconstrição persistente causa isquemia no túbulo proximal, fato que pode levar à necrose tubular aguda. Esse processo pode ainda ser potencializado pela presença de mioglobina, liberada pelas fibras musculares.
D
O metabolismo anaeróbio inerente à hipóxia leva à hiperglicemia, o que estimula a liberação de catecolaminas, calcitonina e consequente hipercalcemia.
E
Quando as manifestações neurológicas aparecem após as 96h de vida, devemos investigar outras causas que não a anóxia.