I- O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame citopatológico. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual.; 

II- O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade, para as mulheres que já tiveram atividade sexual, e devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.; 

III- Todas as mulheres que apresentarem citologia sugestiva de lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL), deverão ser encaminhadas para realizar colposcopia com biópsia. Se a biópsia for negativa, a paciente deve retornar à rotina de rastreamento citológico trienal na unidade de atenção primária. Se for positiva e compatível com neoplasia intraepitelial cervical (NIC) I, II ou III, ou sugestiva de microinvasão, encaminhar para conização ou histerectomia, de acordo com a idade e interesse reprodutivo.; 

IV- Na gestante com diagnóstico histopatológico de NIC II ou III recomenda-se conduta expectante com reavaliação de novo exame citopatológico e colposcopia em 90 dias após o parto. Pelo risco de dano cervical e microinvasão, o parto vaginal está contraindicado para pacientes com NIC.; 

V- Todas as pacientes que apresentem exame citopatológico sugestivo de lesão de alto grau não se podendo excluir microinvasão, ou carcinoma epidermóide invasor, ou ainda, com suspeita clínica de doença invasiva, devem realizar colposcopia com biópsia. Se o resultado de biópsia comprovar lesão pré-invasiva (NIC II ou III), sugerir carcinoma microinvasor ou não comprovar lesão francamente invasiva, um método excisional (EZT) deverá ser realizado (na colposcopia satisfatória) ou conização (na colposcopia insatisfatória).