Incorreta a alternativa “D”. Indivíduos que “têm” o bioagente, mas não têm doença clínica aparente, são indivíduos infectados. O fato de servirem como fonte de infecção para suscetíveis os classifica como indivíduos infectados portadores (podem ser chamados também só de portadores). O caso mais famoso de um indivíduo portador foi o de Mary Mallon, uma imigrante irlandesa que viveu nos Estados Unidos no início do século XX (1901-1920) e que era cozinheira na cidade de Nova Iorque. Mary albergava a bactéria Salmonella typhi e foi responsável por transmitir a bactéria para mais de 100 pessoas, que adoeceram com febre tifóide, que é a forma clínica da infecção por aquele bioagente. Mary ficou conhecida pejorativamente como “Maria Tifóide” e permaneceu em um isolamento imposto pelas autoridades sanitárias durante muitos anos. Ainda, os portadores podem ser ativos, sendo classificados em (a) portadores convalescentes (quando já estão se recuperando da doença e já não apresentam mais os sinais clínicos, embora ainda transmitam o bioagente) ou (b) portadores incubados (quando estão no período de incubação e ainda apresentarão a doença, mas já transmitem o bioagente). E podem simplesmente não estar em fase de incubação, nem de convalescência, sendo portadores assintomáticos (ou passivos) e apresentando apenas um “estado de portador”, como era o caso de Maria Tifóide. Esses últimos são os que apresentam maior importância epidemiológica. Os portadores ativos poderão ser isolados em algum momento por apresentarem algum sinal ou sintoma da doença. Já os inativos passam despercebidos, o que faz com que mantenham o ciclo de transmissão do bioagente. Um dado interessante: Maria Tifóide era uma portadora assintomática e só após extensa investigação epidemiológica é que as autoridades sanitárias chegaram até ela e concluíram que ela a fonte de disseminação da infecção.