Futuro(a) residente, temos apresentados dois raio x com incidência antero posterior e perfil que apresentam um estreitamento na imagem antero posterior no nível da glote, onde estão as aritenóides e as pregas vocais, verificado por um apagamento da coluna aérea que manifesta-se como radiotransparente no raio x.

Dá para ver também um adelgaçamento da luz da traqueia ao nível da laringite imagem verificada em casos de epiglotite e laringites.

No perfil verificamos uma opacidade ou borramento no nível da epiglote, sendo radiologicamente conhecido como "sinal do polegar" e compatível com a epiglotite.

É importante salientar que tanto na suspeita de laringite viral como epiglotite o diagnóstico deve ser clínico sem a necessidade de realização de exames de imagem nem laringoscopia para diagnóstico, podendo estes exames retardarem a propedeutica necessária.

O termo epiglotite se refere a uma inflamação na epiglote e na supraglote adjacente, que pela sua localização, pode levar a desconforto respiratório importante por obstrução das vias aéreas superiores.

Pode ser causada por uma variedade de bactérias, fungos ou vírus. Porém, em crianças saudáveis e nas questões de prova, a epiglotite é de etiologia bacteriana causada pelo Haemophilus influenzae tipo B.

A vacinação completa tem um papel importante na prevenção desta infecção, pois a vacina pentavalente, que faz parte do calendário básico de vacinação, desenvolve imunidade contra a referida bactéria.

Em crianças com epiglotite, verificamos um início abruto e uma rápida progressão de:

• Disfagia

• Sialorreia

• Angústia respiratória (dispneia)

• Febre alta

• Sinais de Toxemia

Os pacientes se apresentam frequentemente sentados, com o tronco e o queixo inclinados para frente e o pescoço hiperestendido numa posição denominada de tripé (também demonstrada na figura acima). Essa posição é um esforço para maximizar o diâmetro das vias aéreas obstruídas.