GABARITO: ALTERNATIVA A

Afirmativa I “Baixo nível sérico de peptídeo C” não é relacionada ao DM tipo 2. A principal característica do diabetes mellitus tipo 2 é uma perda progressiva da secreção de insulina associada à resistência periférica. Os níveis baixos de peptídeo C estão relacionados ao diabetes mellitus tipo 1, pois denota a diminuição acentuada da produção de insulina (lembre-se que o peptídeo C e a insulina são resultantes da quebra da pró-insulina). Essa redução ocorre quando mais de 90% das células beta são destruídas pelo processo autoimune.

Afirmativa II “Genética poligênica” está relacionada ao DM tipo 2. A herança genética do diabetes mellitus tipo 2 é poligênica e tem grande penetrância familiar. Tanto que é mais comum em alguns grupos étnicos específicos (por exemplo, afro-americanos, nativos americanos), cerca de 32% dos pacientes tem um dos pais afetados, é muito frequente a concordância da doença em gêmeos monozigóticos e também em parentes de primeiro grau.

Afirmativa III “Associação com HLA” não está relacionada ao DM tipo 2. O diabetes mellitus tipo 1 está relacionado a determinados tipos de HLA. As formas com HLA-DR3 tendem a ter fase de latência maior até o aparecimento do diabetes e estão mais associadas com outras doenças autoimunes (tireoidite de Hashimoto, doença de Graves, doença celíaca e doença de Addison- adrenalite autoimune). Já as formas ligadas ao HLA-DR4 são de aparecimento em idade mais precoce e tem menor chance de desenvolver outras doenças autoimunes.

Afirmativa IV “Cetoacidose, apenas se houver estresse intenso” está relacionada ao DM tipo 2. A cetoacidose diabética (CAD) é mais rara em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, pois esses indivíduos apresentam melhor função de célula beta que os pacientes com diabetes tipo 1. Lembre-se que o hipoinsulinismo grave é um dos principais responsáveis pelo desencadeamento da CAD, pois ocorre aumento dos hormônios contrarreguladores (glucagon e adrenalina), que estimulam a lipólise. O consequente aumento exagerado dos ácidos graxos é desviado para a formação de corpos cetônicos. Assim, em situações de estresse intenso, há aumento dos níveis circulantes de adrenalina, o que estimula ainda mais a formação de corpos cetônicos.

Em resumo: