Considere os cenários clínicos abaixo.
I - Paciente de 70 anos veio à Emergência por distensão abdominal, náuseas e vômitos, quadro com 3 dias de evolução, tendo como histórico retossigmoidectomia por diverticulite há 10 anos. Encontrava-se lúcido e orientado e referiu desconforto abdominal. O exame físico revelou cicatriz abdominal mediana, ausência de ruídos hidroaéreos e hipertimpanismo abdominal. A avaliação dos sinais vitais indicou temperatura axilar de 37,8° C, frequência cardíaca de 110 bpm, frequência respiratória de 20 mpm, oximetria de pulso de 95% com oxigênio suplementar de 2 l/min, pressão arterial de 130/70 mmHg sem uso de fármacos vasoativos e tempo de enchimento capilar de 3 segundos.
II - Paciente de 29 anos, com história de transplante renal há 1 ano, foi trazida à Emergência por dor pélvica, disúria e febre, quadro com 2 dias de evolução. Apresentava agitação psicomotora, apesar de estar lúcida e orientada. O exame físico foi inexpressivo, a não ser por cicatriz em hipogástrio e fístula arteriovenosa sem frêmito. Evoluiu com disfunção ventilatória e hipotensão, havendo necessidade de instalação de ventilação mecânica invasiva e ressuscitação volêmica. A avaliação dos sinais vitais após o manejo inicial indicou temperatura axilar de 37° C, frequência cardíaca de 120 bpm, frequência respiratória de 18 mpm, oximetria de pulso de 95% com FiO₂ de 0,35, pressão arterial de 100/70 mmHg sem uso de fármacos vasoativos e tempo de enchimento capilar de 3 segundos.
III - Paciente de 18 anos veio à Emergência por odinofagia, febre e calafrios, quadro com 24 horas de evolução. Previamente hígida, encontrava-se lúcida e orientada. O exame físico revelou apenas adenomegalias cervicais. A avaliação dos sinais vitais indicou temperatura axilar de 38,7° C, frequência cardíaca de 130 bpm, frequência respiratória de 22 mpm, oximetria de pulso de 99% em ar ambiente, pressão arterial de 100/60 mmHg sem uso de fármacos vasoativos e tempo de enchimento capilar de 2 segundos.
Quais deles preenchem os critérios de sepse segundo as definições atuais dos Surviving Sepsis Guidelines (2017)?