Considere um paciente masculino, 59 anos, com antecedente de tabagismo (35 anos-maço), hipertensão arterial sistêmica e diabetes tipo 2. Iniciou há 1 semana com episódios de dor retroesternal, em aperto, sem irradiação, com duração de aproximadamente 7 minutos, desencadeados pelo esforço físico (caminhar 50 metros) e aliviados pelo repouso. Hoje apresentou um episódio de dor torácica com as mesmas características, exceto por não ter aliviado prontamente com o repouso, com duração total de 20 minutos, e por ter se associado a náuseas, sudorese profusa e palidez cutânea. Ao exame físico inicial apresenta palidez cutânea (++/4), frequência cardíaca de 88 batimentos/minuto, pressão arterial de 146/82 mmHg, frequência respiratória de 20 incursões/minuto, saturação de 97% em ar ambiente na oximetria de pulso e temperatura axilar de 36,5°C. A ausculta pulmonar e cardíaca não apresentava anormalidades. A dosagem de troponina I na admissão e 6 horas após se mostrou negativa e o eletrocardiograma realizado na admissão é mostrado abaixo:

O paciente foi admitido na Emergência e no dia seguinte evoluiu com novo episódio de dor retroesternal, em aperto, irradiada para ambos os membros superiores, de forte intensidade, que se associou a dispneia e sudorese profusa. A dor iniciou em repouso e após 40 minutos não havia aliviado. Ao exame apresentava pressão arterial de 108/65 mmHg, frequência cardíaca de 120bpm, frequência respiratória 26irpm, saturação de oxigênio de 88% na oximetria de pulso em ar ambiente. A ausculta pulmonar revelou estertores finos em ambos os terços inferiores dos campos pulmonares posteriores e na ausculta cardíaca era possível notar a presença de terceira bulha. Um novo eletrocardiograma foi realizado e se encontra exposto abaixo:

Com relação exclusivamente à avaliação diagnóstica do paciente no dia de sua admissão, assinale a alternativa correta quanto à classificação da dor torácica e principal hipótese diagnóstica: