GABARITO: ALTERNATIVA B

A febre reumática é uma doença inflamatória sistêmica que ocorre em uma pequena parcela (1-6%) de pacientes com faringite pelo estreptococo do grupo A. A explicação clássica para o surgimento dessa complicação envolve susceptibilidade genética e o mimetismo molecular entre proteínas do estreptococo e proteínas do organismo (como a miosina cardíaca) levando à resposta imune contra autoantígenos e finalmente ao quadro clínico típico da doença. Agudamente, predominam febre (> 90%) e acometimento articular, classicamente descrito como poliartrite migratória e assimétrica de grandes articulações. Sintomas constitucionais associados ao processo inflamatório sistêmico, como astenia e anorexia, podem estar presentes. A coreia de Sydenham é uma manifestação tardia da febre reumática com um período de latência variando entre 2 a 4 meses e é caracterizada por labilidade emocional e movimentos geralmente assimétricos, involuntários e incoordenados de face, mãos e pés. A coreia não se manifesta durante o sono e costuma ter curso autolimitado com duração de até 6 meses em metade dos pacientes. Nos demais, pode haver persistência de sintomas leves a moderados por até 2 anos. A gravidade é variável e, em casos de sintomas importantes, o uso de medicações pode ser necessário. Podemos lançar mão de drogas antagonistas da dopamina nos núcleos da base, como haloperidol e clorpromazina, e drogas que agem aumentando os níveis do ácido gama-amino-butírico (GABA), como o ácido valproico. Em casos mais graves, a escolha recai sobre a primeira classe de drogas.

Logo, a alternativa correta só pode ser a “b”.