GABARITO: ANULADA

O lúpus induzido por drogas (LID) é muito semelhante ao lúpus eritematoso sistêmico, mas apresenta algumas particularidades eventualmente exploradas na provas.

No caso do LID, o paciente apresenta história de contato com alguma medicação suspeita no período de 3 semanas a 2 anos antes do aparecimento dos sintomas sugestivos, que melhoram rapidamente quando o contato com a substância suspeita é interrompido.

É importante que você saiba quais são as medicações com maior probabilidade de desencadearem LID e, sem dúvidas, as que mais se destacam são a procainamida e a hidralazina. Outras, como quinidina, D-penicilamina, isoniazida, metildopa e anti-TNF alfa, também são associadas, ainda que com frequência menor.

O mais comum são sintomas leves, como fadiga, mal-estar, mialgia, artralgia, febre, rash cutâneo ou ainda serosite. Manifestações graves, como renal ou de sistema nervoso central, e acometimento hematológico grave, são raras.

Laboratorialmente, não há consumo de complemento e nem anti-DNA positivo. O FAN é positivo na quase totalidade dos pacientes, em geral, com padrão nuclear homogêneo associado ao anticorpo anti-histona. Quando você pensar em LID, deverá lembrar do anti-histona. Entretanto, diferentemente do que é afirmado no enunciado, não há obrigatoriedade deste anticorpo para o diagnóstico de LID. Acredito que este tenha sido o motivo da anulação da questão.

Os demais anticorpos mencionados estão associados ao LES e não ao LID.