Diana, 51 anos de idade, é acompanhada pela equipe da Estratégia Saúde da Família há 25 anos. Faz seguimento de diabetes melito tipo I e apresentou controle glicêmico irregular há um ano, evoluindo para a amputação de pé direito há dois meses. Durante a consulta, Diana relata estar preocupada com sua recolocação profissional, pois trabalhava como segurança e essa atividade laboral exige que permaneça em pé durante a maior parte da jornada de trabalho. Além disso, lamenta-se das dificuldades financeiras. Ela acrescenta que ainda não conseguiu marcar fisioterapia e que deu entrada na solicitação de prótese adaptada à sua nova condição clínica, mas que ainda não recebeu notícias de quando chegará. Seu filho está desempregado e recentemente engravidou a filha da vizinha, sendo que a grávida foi expulsa de casa por motivos religiosos, que ela não compreende, e está morando com Diana e seu filho. Acrescenta que tem solicitado ao filho que saia de casa para resolver os problemas, pois está com medo de pegar “o tal do Covid, doutor”, além de ter dificuldades para deslocar-se com o uso de muletas. Você, como novo(a) médico(a) da unidade básica de saúde, escuta atentamente os detalhes do relato de Diana. Ao exame clínico do local amputado, verifica que a cicatrização da amputação evolui de forma satisfatória, sem sinais flogísticos ou qualquer achado clínico relevante relacionado ao procedimento cirúrgico. Considerando a idade de Diana, aproveita para falar sobre o rastreamento do câncer de mama. Ela, então, recorda-se: “Doutor! Quase ia me esquecendo de avisar, eu percebi um caroço dolorido que está crescendo no meu peito e ainda sai uma aguinha branca pelo bico! Será que é grave?”. Ao prosseguir com o exame físico geral, você percebe nódulo doloroso em quadrante superior esquerdo de mama direita, de consistência endurecida, retração mamilar e descarga papilar em “água de rocha”. O restante do exame clínico é normal. Você orienta Diana que irá solicitar inicialmente a mamografia e avisa que vai, posteriormente, encaminhá-la para avaliação com o especialista, enfatizando que continuará seguindo o caso dela. Diana reforça a apreensão adicional sobre sua deficiência física, além de sua preocupação em arranjar emprego, e você tranquiliza-a ao informá-la que planeja discutir o caso dela com o fisioterapeuta, pensando em sua reabilitação física, além de analisar com a assistente social a possibilidade de benefícios aplicáveis ao seu caso, incluindo a reabilitação profissional com a terapeuta ocupacional. Finalizando, você combina que ela retorne à UBS, o mais precocemente possível, com o resultado do exame. A paciente concorda e deixa o consultório mais tranquila.
Considerando a sistematização do Registro Clínico Orientado a Problemas (RCOP), qual seria a melhor opção para o registro dessa consulta no modelo SOAP?