Questão
SP - Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ (Hospital Universitário de Jundiaí)
2016
Residência (Acesso Direto)
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Dona Margarida tem 45 anos, sabe que tem diabetes há dois anos. Nunca tratou adequadamente, com uso de medicamentos de forma irregular, sem dieta. Teve apenas três consultas no período, quando colheu exames. Alegava excesso de trabalho e cuidado dos netos. Sua hemoglobina glicada passou de 7,5 para 9,5 e estava obesa. Com esses valores, seu médico sugeriu que utilizasse insulina, mas ela demonstrou recusa, ficou nervosa. O Doutor, sem paciência, começou a lhe dizer tudo que teria de fazer, falou lhe dos riscos em tom de ameaça. Dona Margarida ficou quieta, mas quando saiu do consultório estava decidida a não voltar. 

Com relação ao médico de família assistente, a atitude adequada é 
A
considerar a negação da doença por parte de dona Margarida, auxiliar na reflexão sobre suas questões de vida em sua complexidade, incluindo alimentação, ritmos, lazer e atividades físicas, buscando um projeto terapêutico factível.
B
dissuadir dona Margarida em suas teimosias e vícios, reduzir sua ansiedade com medicamentos adequados, solicitar auxílio da família para que siga seu tratamento, de acordo com protocolos terapêuticos atualizados, e impor modificação das relações familiares para que não fique sobrecarregada.
C
com paciência, expor a técnica e melhor tratamento medicamentoso disponível, falar dos prejuízos e mecanismos fisiopatológicos do diabetes com a finalidade de convencer dona Margarida a aderir ao tratamento.
D
provar para dona Margarida que, se não realizar adequadamente o tratamento, seus prejuízos serão irreversíveis; indicando, estatisticamente, tempo para surgimento de sintomas e expectativa de vida.
E
propor o tratamento preconizado, de acordo com protocolos atualizados, com serenidade e, mesmo que dona Margarida não os aceite, não discutir, pois, com a habitual agenda lotada, deve priorizar os usuários que realmente estejam dispostos a aderir ao tratamento.