O que o examinador quer saber: sobre os fatores de risco para descolamento prematuro de placenta.

Os principais fatores de risco relacionados ao DPP estão listados na tabela a seguir:

A história obstétrica prévia de DPP é o principal fator de risco para a ocorrência de um novo descolamento, sendo o risco de recorrência em torno de 10 a 15 vezes maior. Os distúrbios hipertensivos na gestação, por sua vez, são as patologias que mais se associam com DPP, aumentando em torno de 5 vezes o risco.

Em torno de 10% das gestantes usuárias de cocaína apresentarão DPP no terceiro trimestre em decorrência da vasoconstrição e isquemia, seguida de vasodilatação reflexa, o que leva à rotura dos vasos da decídua. O tabagismo está associado a um risco 2,5 vezes maior de DPP e é um dos poucos fatores de risco modificáveis para essa patologia.

Como vimos anteriormente, polidrâmnio e gestação múltipla aumentam a chance de DPP traumático devido à possibilidade de descompressão brusca da parede uterina após o nascimento do primeiro gemelar ou à rotura das membranas no polidrâmnio.

O risco de DPP é significativamente maior quando as membranas rompem antes do termo da gestação e esse risco aumenta na presença de corioamnionite.

A presença de anomalias uterinas, como malformações müllerianas, sinéquias e leiomioma, representa um risco moderado para DPP em decorrência da decidualização inadequada nesses locais de alteração uterina.