GABARITO: ALTERNATIVA D.

(GIORDANNE - HEPATOLOGIA - CAUSAS DE CIRROSE - DEFICIÊNCIA DE ALFA-1 ANTITRIPSINA)

Trata-se de uma doença genética que acomete principalmente os pulmões e o fígado e afeta um a cada 2.000 a 5.000 indivíduos.

A alfa-1 antitripsina (AAT) é um inibidor de protease e inibe várias enzimas, como a elastase, a tripsina e a protease. A AAT é produzida principalmente no fígado, nos macrófagos e nos brônquios. Nos pulmões essa glicoproteína inibe as ações da elastase.

Com a deficiência da AAT e, a elastase atua destruindo os septos alveolares, causando enfisema pulmonar, já que não é mais inibida pela AAT. Diferente da doença pulmonar, a doença hepática não ocorre por deficiência da AAT e sim por deposição de polímeros de alfa-1 antitripsina mutante no parênquima hepático. Esses polímeros em excesso causam lesão hepatocelular e cirrose.

Os pacientes com essa condição geralmente se apresentam com doença pulmonar e/ou hepática. Aproximadamente 80% dos pacientes apresentam inicialmente sintomas respiratórios. Sendo assim, a deficiência de AAT deve ser suspeitada em todo indivíduo jovem que se apresenta com doença pulmonar e hepática. A história familiar positiva e a história negativa de tabagismo reforçam a suspeita.

O diagnóstico é feito com a demonstração de níveis reduzidos ( < 35% do normal) ou ausentes da AAT no sangue. Após essa constatação, deve-se fazer um estudo da fenotipagem, para confirmação e reconhecimento das variantes da AAT. Devemos lembrar que a AAT é uma proteína de fase aguda e pode estar aumentada em condições inflamatórias ou infecciosas.

O tratamento com a reposição enzimática por infusão intravenosa consegue inibir a ação proteolítica da elastase no pulmão mas não muda a história da doença hepática.