GABARITO: ALTERNATIVA B

Questão bem direta sobre o manejo de drogas vasoativas preferenciais no choque séptico. Vamos relembrar sobre essa síndrome, sua classificação e manejo inicial?

A sepse é uma síndrome inflamatória altamente prevalente nos serviços de saúde, e confere grande mortalidade, morbidade e custos intra e extra-hospitalares. Temos que entender que a sepse resulta de uma resposta inflamatória exacerbada do nosso organismo frente a um estímulo infeccioso, promovendo uma intensa vasodilatação que resulta em distúrbios perfusionais.

Essa alteração será responsável pelo desequilíbrio de oferta de nutrientes e oxigênio para os nossos tecidos, promovendo disfunção orgânica em diversos sistemas. Temos que tomar muito cuidado com as definições desta síndrome, visto que elas mudam com frequência.

Embora não seja mais critério diagnóstico para sepse, a SRIS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica) ainda aparece muito nas provas por aí, como uma ferramenta de triagem e identificação de pacientes com possível infecção e risco de desenvolver sepse e choque séptico. Vamos relembrar esses critérios:

Já a sepse, no último consenso do ILAS (Instituto Latino Americano de Sepse) ficou definida como uma disfunção ameaçadora à vida em decorrência da resposta inflamatória causada por uma infecção. Sendo assim, a sepse é marcada por sinais de disfunção orgânica, elencados a seguir:

Caso o paciente tenha uma infecção com disfunção orgânica associada, mesmo sem critérios de SRIS, ele terá o diagnóstico de sepse, sendo indicado o tratamento imediato.

Tanto o ILAS quanto o SSC (Surviving Sepsis Campaign), o choque séptico é identificado quando há hipotensão sem resposta à expansão volêmica adequada, independente do valor do lactato encontrado.

Ficou confuso de como as coisas mudaram? Vamos melhorar!

Em quem eu suspeito da ocorrência de sepse? Em qualquer paciente com infecção e que tenha um dos critérios de disfunção orgânica que vamos mencionar.

Algumas instituições utilizam os critérios de SRIS que comentamos para triar os seus pacientes, outras utilizam o quick SOFA.

Este novo escore diagnóstico foi desenvolvido em 2016 e validado em pacientes fora da UTI. Seu objetivo é identificar pacientes que tenham um maior risco de óbito em um episódio de sepse. No entanto, o ILAS recomenda que não utilizemos o quick SOFA como rotina na avaliação de uma suspeita de sepse, visto a sua sensibilidade reduzida.

Temos que correr contra o tempo para o tratamento, pois intervenções precoces reduzem a mortalidade relacionada à sepse. Para guiar nossas intervenções, nós temos o pacote de primeira hora (também conhecida como Golden Hour), que envolve:

Todo paciente com sepse, após a intervenção inicial, deverá ser reavaliado em 6 horas se: choque séptico, lactato inicial aumentado ou hipoperfusão tecidual. Esse é o pacote que utilizamos nessa reavaliação:

Vamos analisar as assertivas?