A questão baseia-se no documento ‘Rastreamento e diagnóstico de diabetes mellitus gestacional no Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde, Ministério da Saúde, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e Sociedade Brasileira de Diabetes – 2017”.

As recomendações dessa diretriz pautam-se nos quatro princípios elencados no diagrama a seguir:

Portanto, precisamos conversar sobre dois cenários diagnósticos possíveis:

1) Diagnóstico de DMG em situação de viabilidade financeira e disponibilidade técnica TOTAL (chamaremos de fluxograma total).

2) Diagnóstico de DMG em situação de viabilidade financeira e disponibilidade técnica PARCIAL (chamaremos de fluxograma parcial).

Quando a situação financeira e a logística em torno da gestante não impuserem limitações diagnósticas, devemos realizar glicemia de jejum (GJ) o mais precocemente possível (até a 20ª semana de gestação). A partir da GJ, pode-se observar três desfechos:

● GJ ≥ 126 mg/dL = DM prévio diagnosticado na gestação.

● GJ 92 – 125 mg/dL = DMG.

● GJ < 92 mg/dL = realização do TOTG com 75 g de glicose entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez.

Se o pré-natal for iniciado tardiamente, devemos observar a semana gestacional atual para definir a conduta diagnóstica:

● Pré-natal iniciado entre a 20ª e a 28ª semana --> TOTG entre a 24ª e a 28ª semana.

● Pré-natal iniciado após a 28ª semana --> TOTG o mais brevemente possível.

Consoante o valor do TOTG, as pacientes serão classificadas em três categorias:

● DM prévio diagnosticado na gestação.

✔ Jejum ≥ 126 mg/dL

✔ Glicemia da 2ª hora ≥ 200 mg/dL.

● DMG.

✔ Jejum 92 – 125 mg/dL

✔ Glicemia da 1ª hora ≥ 180 mg/dL

✔ Glicemia da 2ª hora 153 – 199 mg/dL.

● TOTG normal (níveis glicêmicos inferiores aos limiares diagnósticos de DMG).

Quando houver limitações logísticas ou financeiras à realização do TOTG, devemos realizar a GJ tão logo o acompanhamento pré-natal seja iniciado. Se a GJ for ≥ 126 mg/dL, confirma-se o diagnóstico de DM prévio diagnosticado na gestação; se o valor ficar entre 92 e 125 mg/dL, a paciente receberá o diagnóstico de DMG. Caso a GJ seja < 92 mg/dL, deve-se repetir a GJ entre a 24ª e a 28ª semana para a conclusão do processo de rastreamento.

Agora, que já lhe explicamos como é feito o rastreamento do DMG através do fluxograma total e do fluxograma parcial, mostraremos o gabarito oficial da questão, que nada mais é que um print da diretriz citada pelo enunciado. Você pode conferir na página 23 do link a seguir:

https://www.febrasgo.org.br/images/pec/CNE_pdfs/Rastreamento-Diabetes.pdf

Gabarito oficial: